Atividades de extensão devem ser incorporadas aos currículos
5. setembro 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Eventos, MatériasO novo Plano Nacional da Educação (PNE), aprovado em junho, prevê que 10% da carga horária de todos os cursos de graduação seja destinada à realização de atividades de extensão. Para discutir sobre como incorporar as atividades de extensão aos currículos dos cursos superiores, a pró-reitora de Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ângela Rocha dos Santos, participou de um dos painéis do 4° Seminário de Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepei 2014), realizado no Câmpus Gaspar. Ângela trouxe dados sobre o ensino superior no Brasil e apresentou como está sendo feita essa incorporação na UFRJ.
Segundo a pró-reitora, a velocidade na aquisição do conhecimento, a evolução tecnológica e a rapidez na comunicação do mundo atual estão transformando a educação superior. “Hoje em dia, um bom ensino tem que estar atrelado à pesquisa, à extensão e à inovação. E é esse ensino que forma profissionais capazes de pensar, criar e enfrentar situações novas”, disse Ângela.
Para esse processo de adaptação, Ângela sugere currículos flexíveis, que permitam reorientar a formação, que atendam diferenças culturais e individuais, e que permitam o mínimo possível de disciplinas obrigatórias e o máximo possível de eletivas. “Os cursos de licenciatura são fundamentais nesse processo de mudança”, explica.
Ângela também falou sobre a finalidade da extensão, que é revelar e fortalecer a interação entre universidade e sociedade. “É uma via de mão dupla. É o conhecimento produzido na universidade, por meio das atividades de ensino e pesquisa, sendo levado para a sociedade; e a sociedade trazendo suas demandas para a universidade”, disse a pró-reitora.
Na UFRJ, o processo de incorporação das atividades de extensão aos currículos teve início em 2003, com a identificação e o mapeamento dessas atividades em todos os cursos e departamentos da instituição. Depois disso, foi realizado o cadastramento e uma ampla discussão sobre o tema, que resultou na publicação de uma resolução, em 2013, que fixa um percentual obrigatório de atividades de extensão nos currículos, classifica as atividades e regulamenta o registro delas.