A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) realizada de 14 a 16 de outubro, no Câmpus Joinville, atingiu seu objetivo de popularizar a ciência ao reunir, em um só evento, todos os eixos que integram o IFSC: educação profissional, científica e tecnológica; inovação; pesquisa; extensão; cultura; e desenvolvimento social. A avaliação positiva é da comissão organizadora local da SNCT, que trabalhou para diversificar a programação e reunir o máximo possível de trabalhos realizados no câmpus.

Durante os três dias, a tenda montada no pátio e as inúmeras atividades mudaram o cenário do câmpus. A Feira de Ciências apresentou uma série de experimentos científicos organizados pelos alunos dos cursos técnicos e serviu para a interação dos alunos e também como atrativo para os alunos visitantes. A apresentação dos projetos de pesquisa e inovação, através de banners e apresentações orais, também foi um dos destaques do evento.

Palestras

O tema “Ciência e Desenvolvimento Social” foi discutido na abertura da SNCT, no dia 14, na palestra com o professor de Educação Física João Batista Freire da Silva, doutor em Psicologia Educacional, professor livre docente aposentado pela Universidade de Campinas e colaborador do Instituto Esporte e Educação, onde atua na Caravana do Esporte. “O desenvolvimento social passa obrigatoriamente pela educação”, destacou, lembrando que os pilares da educação são o trabalho e o jogo.

No segundo dia, o Seminário de Gestão Hospitalar, organizado pelo 2º módulo do curso superior de Tecnologia de Gestão Hospitalar, abordou a importância do planejamento para a gestão. A coordenadora de Atendimento do Hospital Dona Helena, Andréa Jankowski, a gerente Administrativa do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, Mirian Maria Marques Pinheiro, o gerente Comercial da Unimed, Eduardo Arins, e o sócio-proprietário do Ghanem Laboratório Clínico, Omar Amin Ghanem Filho apresentaram os casos de sucesso de suas empresas para ilustrar o tema “gestão de excelência que faz a diferença”.

Para encerrar o ciclo de palestras, na quinta-feira, o tema discutido foi “o avanço da ciência às pessoas portadoras de deficiência”, em que as terapeutas ocupacionais do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comde), Beatriz Macalli de Souza e Luciane Pereira Frutuoso, e a assistente social da Associação dos Deficientes Físicos de Joinville (Adej), Luiza Pinheiro, falaram especialmente sobre tecnologia assistiva e acessibilidade. O assunto foi reforçado com o depoimento do cadeirante Olivério Souza Ferreira Filho, que falou das dificuldades de acessibilidade e de suas invenções para facilitar a locomoção, como o said car que acoplou à motocicleta para transporte da cadeira de rodas, além de alterações no sistema de câmbio, inclusive com a instalação da marcha ré na moto.

Ainda na área de inclusão, a SNCT trouxe outras duas atrações que encantaram os participantes, em duas vertentes distintas, o esporte e a cultura, mas com características comuns, como a força de vontade, a persistência e a superação. O coral da Associação Joinvilense para a Integração do Deficiente Visual (Ajidevi) emocionou pela leveza de suas canções. Já a equipe de basquete sobre cadeira de rodas de Joinville, Raposas do Sul, encantou pela força. O grupo faz parte do Centro Esportivo para Pessoas Especiais, que trabalha com as modalidades adaptadas de futebol sete, bocha, natação, atletismo e basquete.

Cultura

Os fundamentos da física, matemática e química também puderam ser vistos e praticados em atividades histórico-culturais apresentadas na SNCT através de workshops. O Grupo de Recriação Histórica e Cultural SCAM, da Universidade Federal de Santa Catarina, apresentou uma exposição interativa dos cavaleiros medievais, com direito à demonstração e treino de arquearia medieval. Todo o equipamento, como arcos, espadas, escudos, elmos e armaduras, é fabricado pelo próprio grupo de modo artesanal e com base nos modelos originais.

A SNCT proporcionou ainda uma incursão pela cultura japonesa. O Grupo Folclórico Japonês ShyuDaiko trouxe aos alunos a tradição milenar dos tambores. A atividade envolveu aeróbica, percepção musical e física e interação entre os envolvidos.

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