Os alunos dos cursos técnicos integrados do Câmpus Criciúma apresentaram os trabalhos que vêm sendo realizados ao longo do ano na primeira Mostra de Ensino, Ciência e Cultura, realizada no dia 18. O evento fez parte das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia realizada em todo o país.

Foram apresentados 37 trabalhos realizados tanto nas disciplinas específicas dos cursos de Edificações e Mecatrônica quanto nas disciplinas gerais que compõem a grade do Ensino Médio. Os alunos do curso técnico em Edificações do primeiro ano recepcionavam os visitantes e explicavam o trabalho do técnico em Edificações. “O curso está baseado em três princípios, estudo do solo, elaboração de projetos e gerenciamento de obras”, explica Henrique Pires.

Os alunos de Edificações apresentaram também os projetos que fizeram para utilização de um contêiner para a construção da sede do grêmio estudantil. Os projetos preveem acesso para cadeirantes, telhado verde e área para bicicletário. “Um contêiner tem vida útil de dez anos e depois desse período ele já não tem mais utilidade para o transporte de cargas. Nossa proposta foi estimular os alunos a pensar em projetos para reutilização do contêiner que já existe no câmpus. Iremos estudar as propostas e pretendemos começar a obra no ano que vem”, explica Giovana Milaneze, coordenadora do curso de Edificações.

Os alunos também falaram sobre a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como óculos, botas e luvas, e sobre a necessidade de que as obras sejam projetadas de acordo com as normas de segurança e combate a incêndio. Durante a manhã, houve, inclusive, uma simulação de incêndio no Câmpus em que os participantes tiveram que evacuar o prédio. A proposta era levá-los até o pátio para uma palestra, em que bombeiros militares apresentavam os equipamentos utilizados para o combate a incêndio e davam orientações para o público.“Se existisse no Brasil uma cultura de prevenção, não seria necessária a vistoria das obras pelos bombeiros”, explica o sargento Pasetto.

Já os alunos do quarto módulo de Mecatrônica foram ousados e tentaram criar uma linha de produção com os robôs do Lego. “Nossa proposta era que todo o sistema funcionasse de forma autônoma, na linha de produção as bolinhas seriam separadas por cores e depois o caminhão viria carregar as bolinhas. Mas nem tudo saiu como estávamos planejando”, afirma Thiago Ferreira.

O sexto módulo de Mecatrônica apresentou o projeto de automação residencial em que é possível controlar a distância, por meio da internet, aparelhos eletrônicos de uma casa. O projeto foi apresentado no estande do Ministério da Educação na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada de 13 a 17 de outubro em Brasília.

No Laboratório de Matemática (LabMat), os alunos apresentaram o IFSC em números, como total de câmpus, alunos e servidores. Henrique Fujita, do curso de Mecatrônica, explicava também os trabalhos que vêm sendo realizados no Laboratório. “No laboratório, nós temos um trabalho de atendimento aos alunos que têm dificuldades nas aulas de Matemática e nós já estamos percebendo a diferença no rendimento deles depois que começaram a frequentar o reforço. Há alunos que em um mês conseguiram mudar seu conceito de insuficiente para excelente”.

A invisibilidade social também foi tema de trabalho. Os alunos do primeiro ano do curso de Mecatrônica apresentaram uma pesquisa sobre moradores de rua. “Eu fui para o Centro de Criciúma e por cerca de uma hora me vesti e me comportei como um mendigo. Eu queria observar o que os moradores de rua passam e o que eu percebi foi muito desprezo”afirma Cristian Augustin, do curso de Mecatrônica.

Das aulas de Filosofia, os alunos mostraram o desenhos que fizeram sobre os mitos gregos e os mapas conceituais que têm utilizado nas aulas de Filosofia e História. “Eu tinha muitas dificuldades em História e agora com a utilização dos mapas conceituais eu estou conseguindo aprender mais e melhorar minhas notas”, afirma Rafaela Laitano, aluna do Curso Técnico Integrado em Edificações.

Os padrões estabelecidos pela sociedade também foram tema de trabalhos. Os alunos apresentaram a performance Amar(rações) no auditório e no túnel dos paradigmas eles apresentavam vídeos e fotos sobre os padrões de beleza da nossa sociedade. “Foi muito interessante participar deste trabalho, porque muitas vezes a gente nem percebe que está seguindo esses padrões”, afirma Gabriel Pereira Luz, do curso de Mecatrônica.

Os alunos apresentaram também um trabalho feito sobre minerais em que os visitantes poderiam ver no microscópio quartzos, basaltos e carvão. Os alunos explicavam ainda que há cerca de 300 milhões de anos, a maior parte do território de Criciúma era um pântano foi isso que permitiu a formação do carvão mineral.

Durante a Mostra, os alunos apresentaram ainda os softwares livres que têm sido utilizados em sala de aula. Os alunos do primeiro módulo de Mecatrônica explicavam para os visitantes as diferenças entre realidade virtual e realidade aumentada utilizando programas disponíveis na internet. Os alunos do curso de Edificações também apresentaram ao público dois softwares gratuitos que podem ser utilizados para fazer animações, o Muvizu e o Prezi.

Todos os trabalhos apresentados foram avaliados tanto pelos orientadores quanto por professores convidados. A cada um deles foi atribuída uma nota que será utilizada para compor a média dos alunos.