Artigo relata experiência do IFSC com votação online

21. novembro 2014 | Escrito por | Categoria: Eventos, Matérias, Reitoria

O uso de um sistema de votação online para escolha dos representantes dos alunos, dos professores e dos técnicos administrativos na última eleição do Conselho Superior (Consup) foi tema de artigo do diretor de Tecnologias da Informação e da Comunicação, Emerson Ribeiro de Mello, e da analista de tecnologia da informação Shirlei Aparecida de Chaves, apresentado no XIV Simpósio de Segurança da Informação e de Sistemas Computacionais (SBSeg 2014), realizado entre 3 e 6 de novembro, em Belo Horizonte.

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Shirlei Chaves, da DTIC, apresentou o artigo que fala da experiência do IFSC com sistema de votação online no Simpósio de Segurança da Informação e de Sistemas Computacionais em Belo Horizonte

O artigo explica os motivos que levaram o IFSC a adotar o sistema online de votação, a opção pelo sistema Helios Voting e o trabalho desenvolvido pela Diretoria de Tecnologias da Informação e da Comunicação (DTIC) para adaptar o sistema às necessidades da instituição. O sistema já havia sido usado por outras organizações para realizar eleições internas, como a Defensoria Pública da União e a Sociedade Brasileira de Computação (SBC).

Segundo Shirlei e Emerson, o que torna os sistemas de votação online atrativos para eleições não-políticas é o fato de eles permitirem que os eleitores façam “suas escolhas por meio de qualquer computador conectado à internet”. “O Helios foi projetado para eleições com baixo risco de coação dos eleitores, sendo este o cenário da eleição em questão [para o Consup do IFSC]”, escreveram os autores.

No IFSC, foi feita uma instalação local do Helios para que a DTIC pudesse personalizá-lo – trabalho feito por Shirlei e Emerson em cerca de dois meses e meio. Um dos objetivos dessa ação, feita em conjunto com a comissão eleitoral, foi garantir a segurança da eleição, evitando que usuários não cadastrados – ou seja, que não eram nem alunos, nem servidores do IFSC – pudessem votar e que uma pessoa conseguisse se passar por outra na votação, além de fazer com que os votos pudessem ser auditados.

O sistema não permite saber em quem o eleitor votou, mas dá acesso a informações como data, hora e endereço IP em que o voto foi registrado. Com isso, é possível saber se um computador foi usado para registrar votos em um curto espaço de tempo, o que pode caracterizar coação de um conjunto de eleitores.

A personalização do sistema feita pela DTIC também permitiu identificar como e quando o sistema foi acessado pelo administrador da eleição, integrante da comissão eleitoral que podia adicionar ou remover pessoas aptas a votar da lista de eleitores. Cada ação do administrador era registrada pelo sistema, tornando a sua atuação auditável. Foram criados também perfis para apuradores dos votos designados pela comissão eleitoral.

A opção pelo voto online para escolha dos representantes do Consup ocorreu por fatores de economia e logística. Em 2011, a eleição foi feita em um dia em cédulas de papel depositadas em urnas. As urnas tinham que ser levadas aos locais de votação por servidores do IFSC. Isso incluía polos de educação a distância em todo o Estado e também no Paraná, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Esse foi um dos motivos que impediu o uso de urnas eletrônicas, pois o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) cede os equipamentos apenas para eleições realizadas no território catarinense.

O sistema online permitiu que servidores e estudantes de todo o IFSC pudessem votar via internet durante qualquer um dos quatro dias em que a votação ficou aberta. “Assim, mesmo que houvesse uma indisponibilidade temporária do Helios ou mesmo perda de conectividade de algum campus, haveria tempo hábil para que todos os eleitores pudessem depositar seus votos”, explicam os autores do artigo. Cada eleitor recebeu um e-mail com usuário e senha para fazer login no sistema de votação.

A apuração foi feita em sessão pública, sem problemas registrados. No total, 63% dos técnicos administrativos e 59% dos professores votaram na eleição online, percentuais parecido com os registrados na eleição em cédula de papel de 2011: 65% para os técnicos e 64% para os docentes. Entre os alunos, a participação foi de 5% na votação online. Em 2011, não houve eleição, mas sorteio para definir os representantes dos estudantes, pois eles não conseguiram organizar o processo eleitoral naquele ano – as eleições para representantes discentes devem ser organizadas pelos próprios alunos, sem interferência da instituição.

Os autores concluem o artigo ressaltando os benefícios da votação online e fazendo propostas para sua melhoria. A intenção é “disponibilizar a solução como um serviço de TIC, exigindo um mínimo ou nenhuma interação da área de TI [tecnologia da informação] na configuração de cada eleição”. O SBSeg, evento onde Emerson Mello e Shirlei de Chaves apresentaram o artigo, é organizado pela Sociedade Brasileira de Computação e, em 2014, ocorreu no câmpus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Um comentário até o momento. em "Artigo relata experiência do IFSC com votação online"

  1. Reni Constante disse:

    Olá,
    Temos uma Associação e gostaríamos de realizar eleiçoes pela internet.
    Gostaríamos de saber se teria possibilidade de conversar com alguém do IFSC para conhecer sobre a experiência de votações pela internet utilizando o sistema Helios Voting?
    Reni
    Presidente da Aprofisc
    contatos:
    47 996868888
    aprofisc@gmail.com