Até onde chegamos e aonde queremos chegar? Essa indagação orientou a fala inicial do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marcelo Feres, na última sexta-feira (19) em conversa com servidores e alunos do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Em viagem ao estado para participar da inauguração do Câmpus Itajaí do IFSC, o secretário abriu sua agenda para conhecer melhor a instituição catarinense que, segundo ele, é referência para todo o País. A comunidade acadêmica teve a oportunidade de fazer solicitações e pedir esclarecimentos ao secretário em conversa que durou toda a manhã.

Cerca de 150 servidores, da Reitoria e de diversos câmpus, participaram da discussão no auditório da Reitoria. O evento também foi transmitido ao vivo pela IFSCTV para que demais servidores pudessem acompanhar.

No início da conversa, o secretário fez uma fala inicial e apresentou algumas provocações aos presentes. Com a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica prestes a completar sete anos, Marcelo questionou até que ponto os Institutos Federais estão conseguindo alcançar a missão que lhes foi atribuída e se os IFs são de fato uma instituição inovadora. “Precisamos refletir sobre essas questões não apenas para compreender, mas principalmente para ajudar a realizar”, destacou dizendo que a Rede Federal ainda está num processo de construção. “A lei de criação dos IFs traz espaço para inovação e criatividade e isso nos traz uma condição diferenciada sob ponto de vista democrático para que a gente construa o futuro por meio da educação”, completou.

Em relação ao presente, o secretário afirmou que são apenas sete anos em uma nova institucionalidade em um País continental e são muitos servidores dentro de um processo de expansão. “Temos a necessidade de um processo de formação permanente. Todos nós temos que está formando e sendo formados ao mesmo tempo. Isso é uma construção que requer de todos um esforço muito grande para que a gente possa contribuir com um conceito que hoje é um lema do Governo, mas que não começou agora: pátria educadora”, ressaltou.

No momento em que o País vivencia uma queda de receita e de ajuste fiscal, com cortes orçamentários já divulgados pelo Governo Federal, o secretário tentou acalmar os servidores. “O compromisso do Governo com a educação é redução sem risco. Estamos fazendo um esforço para que a restrição orçamentária seja a mínima possível”, explicou.

Marcelo fez questão também de destacar que o Governo está mudando a velocidade do avanço, mas que não se trata de um retrocesso. “O momento requer menos aceleração e uma velocidade menor”, ressaltou enfatizando que não há interrupção no processo de consolidação dos Institutos Federais.

Sobre uma potencial greve dos servidores, o secretário ressaltou que a Setec/MEC está em diálogo permanente com o Sinasefe Nacional e que neste ano já foram realizadas quatro reuniões para discutir a pauta de reivindicações. Mencionando questões como o ponto e a flexibilização de carga horária dos TAEs, Marcelo disse que o comoprimisso da Setec tem sido de muito diálogo, tanto com o sindicato, quanto dentro do próprio Governo.

Após uma breve apresentação do secretário, os servidores puderam fazer perguntas e tirar dúvidas. Marcelo respondeu questões sobre flexibilização, reconhecimento de saberes e competências, processo eleitoral, cursos Proeja, Pronatec, entre outras. Clique aqui para assistir à gravação do evento feita pela IFSCTV.

Depois de conversar com os servidores, foi a vez dos estudantes conhecerem o secretário. Cerca de 50 alunos de diversos câmpus puderam tirar dúvidas e fizeram reivindicações, tanto para o secretário quanto para a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschneider, que também participou do bate-papo. De tarde, já no Câmpus Itajaí, o secretário do MEC ainda se reuniu com gestores do IFSC.