Extensão terá curso criado em conjunto por alunos, servidores e comunidade externa

30. maio 2016 | Escrito por | Categoria: Matérias

design_thinkingAtividades de extensão já são uma realidade nos câmpus do IFSC. Porém, para muitos alunos e servidores, esse conceito ainda é de difícil entendimento. Pensando em qualificar as práticas extensionistas dos institutos federais, o IFSC está preparando o curso “Formação Continuada em Práticas Extensionistas com base na Inovação Social”, na modalidade a distância. O objetivo é qualificar servidores e alunos envolvidos em projetos de extensão.

O diferencial do curso é a forma como ele está sendo planejado: coletivamente, utilizando técnicas de design thinking. O conteúdo é criado a partir da combinação de fontes de pesquisa diversas e da realização de cocriações com os públicos estratégicos. Quem tiver interesse em contribuir, pode acessar o projeto do curso, no Google Docs, clicando aqui. As contribuições serão aceitas até esta terça-feira, 31 de maio.

O documento foi criado em dois encontros de cocriação, realizados em 2015, com a participação de servidores de diversos câmpus. Dois alunos extensionistas também fazem parte da coordenação da construção do curso.

Segundo o coordenador de Apoio à Extensão, Douglas Paulesky Juliani, a metodologia colaborativa para a construção do curso foi escolhida para estar mais próxima da realidade dos câmpus, dos servidores e do interesse dos alunos. “O conceito de extensão ainda não é tão claro. O curso vai contribuir para o marco conceitual da extensão no IFSC”, afirma. O objetivo é que o curso seja ofertado no segundo semestre de 2016.

design_thinking2O curso terá três componentes curriculares: “Aspectos teóricos da Extensão”, “Análise e vivência no contexto local” e “Desenho de uma intervenção”, cada uma com carga horária de 30 horas. Na primeira componente, serão abordados temas teóricos, legislação, histórico, o impacto da extensão na formação do aluno, entre outros.

A segunda e a terceira componentes envolvem atividades práticas. Os alunos terão de realizar visitas técnicas em empresas, institutos de pesquisa, incubadoras, organizações não-governamentais, startups, movimentos sociais, centros de referência em assistência social, entre outras organizações que atendam demandas de interesse público em iniciativas sociais, ambientais ou econômicas. A partir da visita, serão desafiados a elaborar uma proposta de intervenção para atender as demandas e oportunidades identificadas. Poderão ser oficinas, projetos ou qualquer iniciativa que gere impacto social.

Atividades de extensão nos cursos de graduação

Os institutos federais devem atender a demanda formalizada pelo Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2020 que exige que no mínimo 10% dos créditos curriculares de graduação sejam integralizados em projetos de extensão universitária, preferencialmente em áreas de grande pertinência social.

Um Grupo de Trabalho (GT) foi criado no IFSC para definir os parâmetros da curricularização da extensão no IFSC. O curso “Formação Continuada em Práticas Extensionistas com base na Inovação Social” também está articulado com o trabalho do GT.

Com a aplicação dos 10% de carga horária para extensão em cursos deve fazer aumentar a quantidade de estudantes do IFSC envolvidos com essa atividade. De acordo com levantamento da Diretoria de Extensão, de 2012 para 2014, o número de projetos registrados passou de cerca de 70 para aproximadamente 600, mas a quantidade de alunos envolvidos ainda é baixa: cerca de 530.

Segundo Juliani, o objetivo é “construir ações sólidas de extensão. Aumentou o número de projetos, mas precisamos agora qualificar, para que ela se torne impactante para o aluno e para a comunidade”.

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