Processo de avaliação institucional deve ser aprimorado

9. junho 2017 | Escrito por | Categoria: Gestão, Matérias

Na última semana, um seminário no auditório da Reitoria do IFSC reuniu os membros das Comissões Próprias de Avaliação (CPA) locais e central. Além de buscar aproximar os integrantes – que já somam 76 pessoas entre servidores, alunos e representante da sociedade civil -, os participantes puderam trocar experiências sobre o processo de autoavaliação e produzir linhas de ação para a melhoria do processo de autoavaliação no Instituto. Enquanto os relatórios de 2016 estão sendo publicados, a equipe já se organiza para iniciar a coleta de dados deste ano.

A Comissão Própria de Avaliação é um órgão autônomo e responsável pela condução do processo de avaliação institucional. A CPA foi criada pela lei Nº 10.861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), e tem como premissa principal elaborar e executar o projeto de autoavaliação anual da instituição. Para entender melhor o papel da CPA do IFSC, acesse o regimento interno.

Na abertura do seminário, a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, destacou a importância de desenvolver a cultura de que a avaliação institucional deve ser um processo de construção coletiva e que sirva para a instituição se planejar. “A partir dos dados do relatório, precisamos melhorar e avançar, pois a autoavaliação nos indica para onde caminhar”, afirmou. A gestora ressaltou que a autoavaliação não deve ser só um processo formal. “O processo tem que servir para o crescimento da instituição”, disse.

O evento contou com uma palestra do professor da Udesc e avaliador do Sinaes, Mário César Barreto Moraes, que apresentou as regulações e os desafios de uma CPA. O palestrante mostrou um exemplo de relatório feito a partir das 10 dimensões previstas na lei do Sinaes e que tem como finalidade contemplar a instituição como um todo. Em 2014, as dimensões foram reorganizadas em cinco eixos avaliativos, que são: Planejamento e Avaliação Institucional, Desenvolvimento Institucional, Políticas Acadêmicas, Políticas de Gestão e Infraestrutura Física.

De acordo com o avaliador, o Plano de Desenvolvimento Institucional e o relatório da CPA devem estar na cabeceira dos gestores da instituição.“Se o gestor utilizar bem os resultados da CPA, ele tem um excelente instrumento gerencial”, enfatizou.

O presidente da CPA Central, Eduardo Beck, explica que, a partir do seminário, serão definidos grupos de trabalho que vão atuar em, pelo menos, três linhas de ação: revisão do regimento interno da CPA, revisão dos processos de coleta, análise e apresentação dos resultados e definição de processos de divulgação e acompanhamento dos resultados. Os grupos de trabalho devem envolver membros da CPA Central e das CPAs Locais.

Segundo Beck, um dificultador dos trabalhos da CPA, além da complexidade do tema tratado, é a disponibilização de tempo para a realização das atividades. “Por isso, pretende-se estender as discussões de forma mais generalizada a todos os membros locais, iniciadas de forma mais efetiva neste seminário, e definir alterações regimentais para viabilizar de maneira mais adequada esta atividade”, afirma.

Relatórios 2016

Quase todos os câmpus e a Reitoria já encaminharam seus relatórios locais com os resultados das autoavaliações institucionais. Os documentos podem ser conferidos na página da CPA.

Na página também é possível conferir o relatório geral de autoavaliação institucional de 2016 e que é a referência para as avaliações externas e para o MEC. “No entanto, em função de novos processos de análise estatística que estamos estudando, nos próximos anos deverá haver outro tipo de relatório geral, onde as informações de cada câmpus são confrontadas”, explica o presidente da CPA.

Próximas etapas

As CPAs agora já estão organizando a campanha de coleta de dados 2017, que deverá ocorrer em setembro. Em seguida, já devem ser organizados os dados para a redação do relatório integral a ser publicado em março de 2018. “Esse relatório prevê a análise comparativa dos três últimos anos avaliados (2015, 2016 e 2017), além do confrontamento dos resultados com o PDI e os planejamentos anuais dos câmpus”, destaca Beck.

 

Por Marcela Lin | Jornalista IFSC

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