O reitor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Denio Rebello Arantes, é o novo presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), eleito para o mandato de 2012. Os membros da nova Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal foram empossados nesta segunda-feira, 6/2, em solenidade que contou com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A reitora do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC), Maria Clara Kaschny Schneider, também participou da cerimônia.

Eleita em dezembro de 2011, a nova Diretoria Executiva é composta ainda pelo reitor do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas), Sérgio Pedini, na vice-presidência; pela reitora do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Cláudia Schiedeck Soares de Souza, como diretora administrativa; e pelo reitor do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Ailton Ribeiro de Oliveira, diretor financeiro.

Em seu discurso de posse, Denio Rebello Arantes defendeu a Rede como um vetor estratégico para o desenvolvimento sustentado do Brasil e destacou o papel que o Conif e a Rede Federal desempenham na Educação Profissional brasileira. Para ele, o Conselho deve atuar como articulador, porta-voz, interlocutor e propositor de políticas e ações no âmbito da educação profissional e tecnológica.

Carreira – a defasagem da carreira foi um dos pontos de preocupação destacados por Arantes, que frisou a importância de uma carreira condigna para os servidores. “A situação das carreiras dos servidores é ponto de muita preocupação de todos os reitores, manifestada inclusive em diversos documentos encaminhados ao MEC e ao Ministério do Planejamento”, disse.

Em resposta, Aloizio Mercadante assumiu o compromisso de trabalhar pela estruturação de uma nova carreira para os servidores. “Vamos nos debruçar junto ao Ministério do Planejamento para pensarmos uma carreira que seja motivadora”.

Pós-Graduação para os servidores – Arantes pediu apoio ao ministro para a construção de proposta de um grande programa de pós-graduação, capaz de elevar em curto espaço de tempo o nível de qualificação dos servidores e que permita alcançar índices de mestres e doutores compatíveis com os desafios da Rede.

De acordo com o ministro, o programa Ciência sem Fronteiras pode ser a solução, já que ampliará as oportunidades para os jovens e para os professores que estão estudando. “Fico muito feliz em ver essa reivindicação de programas de mestrado e doutorado”, disse Mercadante.

Infraestrutura – o presidente empossado citou a solidez das instituições, mas mencionou fragilidades das instituições da Rede, algumas decorrentes do processo de expansão, e pediu a colaboração do ministro para sanar dificuldades presentes em alguns câmpus. “É preciso completar a infraestrutura dos câmpus já existentes e garantir a continuidade do preenchimento dos quadros de servidores e da estrutura de gestão. Essas ações permitirão que mantenhamos nossa marca histórica, pela qual somos reconhecidos por toda a sociedade brasileira: educação pública e de qualidade”, destacou.

O ministro garantiu apoio à aprovação do PL nº 2.134/2011, ainda no primeiro semestre de 2012. Também abordou a necessidade de investimentos em tecnologia nas instituições da Rede, considerando o papel decisivo dos institutos federais na interiorização do ensino. “Não basta interiorizar, nós temos que dar qualidade ao interior. E essa qualidade exige laboratórios, equipamentos e um desenho muito associado aos arranjos produtivos locais”.

Pronatec – o presidente do Conif destacou a dimensão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Ponatec), que inclui a terceira fase da expansão da Rede. Na avaliação de Arantes, “é um programa absolutamente necessário, composto de ações emergenciais, com começo, meio e fim, e de uma parte perene, a consolidação e expansão da Rede Federal, na qual nossas instituições cumprem papel preponderante. Dessa forma, a Rede Federal assume o compromisso de contribuir de forma decisiva para a sua concretização”, afirmou.

Para Mercadante, o Pronatec tem nos institutos federais um eixo estruturante indispensável. “A certificação das instituições parceiras público-privadas passará por vocês. O padrão de excelência são vocês que têm que estabelecer na Rede, além do esforço próprio de expansão de vagas e da terceira fase de expansão do sistema. Os institutos federais estão no coração do Pronatec”, concluiu.

Formação de professores – para o ministro, as instituições da Rede têm papel muito relevante na formação de professores – apenas 16% dos docentes da rede pública de ensino básico são formados em instituições públicas. “Os institutos pela sua vocação, pelo seu perfil tecnológico e científico são seguramente um dos espaços estratégicos para a gente desenhar e aprimorar essa estratégia. Nós precisamos discutir com profundidade como é que vamos motivar esses estudantes a irem para a docência. O piso nacional e a carreira são absolutamente essenciais, mas nós precisamos ir além dessas expectativas e construir políticas concretas de motivação”, finalizou.

Solenidade – estiveram presentes na solenidade de posse da nova diretoria do Conif os deputados federais Paulo Foletto (PSB/ES) e Odair Cunha (PT/MG); o secretário executivo do MEC, José Henrique Paim; o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (Setec/MEC), Eliezer Pacheco; o secretário de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, Jadir José Péla; os antigos membros da Diretoria Executiva do Conif (gestão 2011); reitores e dirigentes da Rede, além da equipe técnica da Setec.

Informações e fotos da Assessoria de Comunicação do Conif