Campus Gaspar realiza II Seminário de Pesquisa
15. junho 2012 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Chapecó, Câmpus Gaspar, Eventos, Matérias“A dimensão ambiental na formação profissional” foi o tema discutido durante a quinta e sexta-feira, dias 14 e 15, por servidores e estudantes de vários Institutos Federais e de outras instituições no II Seminário de Pesquisa, realizado no Campus Gaspar. Organizado pelo IFSC em parceria com o Instituto Federal Catarinense, o seminário teve palestras, exposição de projetos e grupos de trabalho.
O diretor-geral do Campus Gaspar, Carlos Antonio Queiroz, acredita que o seminário foi um momento importante para discutir a temática ambiental na educação profissional e tecnológica. “Temos a preocupação não só com a formação profissional de nossos alunos, mas também com a formação cidadã”, destaca. Para Queiroz, o II Seminário foi também um momento de consolidar a parceria entre o IFSC e o IF Catarinense, que estão fortemente presentes na região do Vale do Itajaí, com campi em Gaspar, Itajaí (IFSC), Blumenau, Brusque, Camboriú, Ibirama e Rio do Sul (IF Catarinense).
Para o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFSC, Mário de Noronha Neto, fazer pesquisa e desenvolvimento tecnológico de maneira sustentável ainda é um grande desafio. Ele cita que aproximadamente 20% dos projetos de pesquisa do IFSC (de um total de 128) têm ligação direta com a área de meio ambiente e que 19 de 78 grupos de pesquisa da instituição estão relacionados à temática ambiental.
O reitor do IF Catarinense, Francisco José Montório Sobral também elogia a parceria entre os dois IFs e espera que mais eventos em conjunto sejam organizados pelas duas instituições. Para Sobral, o Seminário de Pesquisa tem que ser imaginado como “um evento de transformação social”.
Professor de Biologia no Instituto Federal de Goiás (IFG), Adriano Darosci veio participar do II Seminário de Pesquisa em um grupo de trabalho sobre formação de gestores ambientais. “Interessei-me pelo evento por essa oportunidade de formação, já que trabalho na comissão de tratamento de resíduos do meu campus, na cidade de Formosa [280km a nordeste de Goiânia]”, conta.
Projetos
Na exposição de pôsteres e trabalhos, dois projetos do Campus Chapecó chamaram a atenção dos visitantes, ambos destinados a desenvolver materiais didáticos. A professora Ângela Silva e a aluna Pricila Cerezolli, do curso de Engenharia de Controle e Automação, desenvolveram o “Material didático para o ensino de Química no Campus Chapecó”, com destaque para o tema “biodiesel”. Elas demonstraram visualmente todo o processo de produção do combustível a partir de vegetais como a soja, a canola e o milho.
“Percebemos que ter o aparato na aula ajuda bastante os alunos, pois torna o conteúdo mais palpável”, diz Pricila. O projeto tem como público-alvo alunos dos cursos Proeja em Eletromecânica, integrado em Informática e da Engenharia de Controle e Automação. “É uma boa oportunidade para discutir como o meio ambiente insere-se na educação profissional e tecnológica, que é o tema do seminário”, completa Ângela. Elas também trabalham com materiais didáticos relativos a ao alumínio (como é extraído, onde é utilizado, como é reutilizado etc.) e química dos medicamentos.
Em outro projeto do Campus Chapecó, uma maquete que serviria inicialmente para mostrar o potencial hidroelétrico da microbacia do Arroio Grande, no Oeste do Estado (região de Xanxerê), acabou virando material para “Aprendizagem interdisciplinar através do projeto de potencial hídrico em microbacias hidrográficas: estudo de caso da microbacia do Arroio Grande”, como mostra o título do trabalho.
Feita em isopor, a maquete mostra a bacia em relevo e pode, como explicam as alunas Maiza Fossatto e Vitória Almeida de Souza, do curso técnico integrado em Informática, ser usada em aulas de diferentes disciplinas, como geografia, história e até educação física, pois indica locais onde podem ser feitas trilhas. “Cada disciplina pode usar a maquete para passar conteúdos relativos a sua área”, diz Maiza. Também são apontadas 10 partes da bacia com os respectivos potenciais para geração de energia. O estudante Ericson Borghardt é o terceiro integrante da equipe de bolsistas, orientada pelos professores Miguel Debarba e Luiz Sílvio Scartazzini.
Parabéns aos organizadores do evento. Foi excelente!