O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe-SC) entregou na tarde desta sexta-feira, 22 de junho, à reitora Maria Clara Kaschny Schneider a lista de atividades essenciais que, na avaliação da entidade, devem ser mantidas durante o movimento grevista. A entrega formal do documento dá andamento à negociação iniciada na última segunda-feira, 18 de junho, quando a Reitoria entregou ao comando de greve a lista de atividades que deveriam ser mantidas.

Inicialmente agendada para o Gabinete, a entrega foi realizada no auditório da Reitoria, durante atividade realizada pelos comandos de greve locais da Reitoria e do Campus Florianópolis-Continente, que reuniu cerca de 60 servidores. Maria Clara informou que a Reitoria vai responder formalmente à proposta após análise técnica do documento, na próxima segunda-feira.

Pelo ofício encaminhado nesta sexta-feira, o Sinasefe propõe a manutenção das seguintes atividades:

a) Liquidações e pagamentos, de modo a garantir a manutenção dos contratos continuados, pagamento de bolsistas, estagiários, beneficiados pela assistência estudantil e salários dos servidores. A exceção seria a inclusão de novos dados nos respectivos sistemas;

b) Comunicação institucional: manutenção dos canais de comunicação do IFSC com informações relacionadas à greve e aos processos de ingresso em andamento;

c) Processos de ingresso: garantia da execução dos editais em andamento, até a finalização das provas;

d) Serviços e sistemas de redes (TI): manutenção do serviço de e-mail e do acesso à internet para as atividades dos itens anteriores.

Ao receber o documento, a reitora Maria Clara ressaltou que, na visão da Reitoria, serviços essenciais são aqueles que podem trazer prejuízos irreversíveis à instituição se não forem mantidos – caso, por exemplo, da atualização do Sistec, que, se interrompida, pode comprometer o orçamento da instituição para 2013. “Há aspectos em que a greve pode impactar de maneira irreversível. O orçamento é apenas um deles”, disse a reitora.

Marcos Aurélio Neves, coordenador do Sinasefe, ponderou que o documento foi elaborado de forma pontual, a partir da manifestação dos servidores dos setores mencionados na relação de atividades essenciais proposta pela Reitoria, respondendo a uma lista também pontual encaminhada ao sindicato pela gestão. “Estamos fazendo um movimento interno de negociação para evitar conflito”, observou.

A greve dos servidores do IFSC teve início na última segunda-feira, 18 de junho, e integra o movimento nacional da categoria. As reivindicações incluem reestruturação das carreiras dos servidores técnico-administrativos e docentes da educação básica, técnica e tecnológica, além de reajuste salarial e estabelecimento de data-base.