Greve no IFSC: confira como foi a segunda semana de paralisação

29. junho 2012 | Escrito por | Categoria: Gestão, Matérias

Nesta semana, teve continuidade a greve no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), movimento iniciado em 18 de junho após decisão em assembleia do Sinasefe-SC, sindicato que representa servidores do IFSC. Até o momento, a adesão dos servidores é parcial. De acordo com informações das direções-gerais dos campi e pró-reitorias, estão com atividades afetadas os campi Araranguá, Canoinhas, Chapecó, Florianópolis, Florianópolis-Continente, Garopaba, Gaspar, Geraldo Werninghaus, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça-Bilíngue e São José, além da Reitoria. Já os campi Caçador, Criciúma, Lages, São Miguel do Oeste, Urupema e Xanxerê seguem funcionando sem alterações.

A maior manifestação dos servidores em greve ocorreu na quinta-feira (28), no chamado Dia do Cumpra-se. O Comando de Greve do IFSC fechou o acesso ao Campus Florianópolis no período da manhã. Após um tumulto entre grevistas e alunos, o Comando de Greve e a Direção-Geral do campus chegaram a um acordo e as portas foram reabertas de tarde.

No período vespertino, servidores do IFSC em greve – de diversos campi – participaram do Ato Unificado dos Servidores Públicos Federais de Santa Catarina, realizado no centro de Florianópolis, com a participação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes na mobilização que percorreu as ruas da capital para pressionar o Governo Federal a negociar.

Segundo o coordenador geral do Sinasefe-SC, Marival Coan, não há uma previsão de quando será realizada uma nova assembleia para que os servidores decidam sobre a continuidade ou não da greve. “Assim que o governo apresentar uma proposta, será convocada assembleia para avaliação e votação da proposta”, informa.

A reitora do IFSC, Maria Clara Kascny Schneider, participou nesta semana da reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), em Brasília, e a greve e as carreiras dos servidores foram a pauta principal de discussão do encontro. “Os reitores estão muito preocupados e empenhados para que a situação se resolva o mais rápido possível e atendendo as principais reivindicações”, destaca.

Maria Clara informou que o secretário da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec)do Ministério da Educação (MEC), Marco Antônio de Oliveira, participou da reunião do Conif e relatou os encaminhamentos da reunião entre os ministérios que aconteceu na segunda feira, dia 25 de junho. “O secretário nos falou da disposição do MEC em resolver o impasse e disse que essa negociação não depende exclusivamente de um ministério e que envolve, além do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, a Casa Civil.”, conta.

A dirigente do IFSC ressaltou ainda que o Conif está elaborando um documento apelando pelas negociações das carreiras, ressaltando a abertura na carreira dos técnico-administrativos. “Assim que sair o documento, vamos divulgar”, adianta

Sobre os serviços essenciais a serem mantidos no IFSC em caso de paralisação total das atividades, a Reitoria está elaborando um documento sobre as questões colocadas na resposta à proposta feita pela Reitoria, entregue há uma semana pelo Comando de Greve. “Nossa preocupação é que a instituição, os servidores e os alunos não tenham perdas irreversíveis”, destaca. Maria Clara explica que os dias letivos  sempre são repostos, porém se determinadas atividades forem interrompidas, os alunos podem não ter material para as aulas no segundo semestre, por exemplo.

A reitora reforça que respeita o direito de greve de todos, como também o direito de quem não quer fazer greve. “Estamos abertos ao diálogo para buscarmos uma resolução da melhor maneira para todos”, diz.

Sobre a Greve no IFSC

A greve dos servidores do IFSC começou na semana passada, em 18 de junho, e segue um movimento nacional da categoria. As reivindicações junto ao governo federal incluem, entre outros pontos, reajuste salarial de 22%, estabelecimento de data-base e reestruturação das carreiras dos técnicos administrativos e dos docentes do ensino básico, técnico e tecnológico. Como aderir ou não à greve é um decisão de cada servidor, a orientação da Reitoria do IFSC é que os alunos procurem a direção-geral dos seus campi e coordenações de cursos para saber se suas aulas estão mantidas ou não.

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Um comentário até o momento. em "Greve no IFSC: confira como foi a segunda semana de paralisação"

  1. Ivo disse:

    Gostaria de saber quando o setor registro geral irar voltar as atividades?