Esta semana foi marcada pelo início das negociações do Governo Federal com os servidores técnico-administrativos. Além disso, servidores em greve e alunos realizaram protestos em algumas cidades para chamar a atenção para o movimento. A greve no IFSC foi deflagrada em 18 de junho pelo Sinasefe-SC, sindicato que representa os servidores – professores e técnico-administrativos – do Instituto.

Na segunda-feira (06), o Ministério do Planejamento apresentou verbalmente uma proposta aos servidores técnico-administrativos, em reunião realizada em Brasília. A proposta apresentada consiste em um reajuste de 15%, parcelado em três vezes, até 2015. Os sindicatos que representam a categoria já sinalizaram que a proposta não atende às reivindicações dos servidores. Uma nova mesa de negociações está marcada para esta sexta-feira (10) às 14h.

Também na segunda-feira (06) o Sinasefe-SC realizou assembleia no ginásio do Campus Florianópolis. Cerca de 280 pessoas compareceram e fizeram uma avaliação geral do movimento e também da proposta apresentada aos professores e da nova carreira dos técnico-administrativos.

Na ocasião, o professor Estevan Muñoz, do Campus Urupema do IFSC, informou que os servidores apoiam a greve, mas que devido à realidade local, decidiram por manter as atividades do campus. “A realidade em Urupema é bem diferente daqui. A cidade tem hoje pouco mais de 2 mil habitantes e estamos fazendo um trabalho muito forte para convencer os moradores a voltar a estudar”, declarou o professor. Clique aqui para conferir a carta emitida pelos servidores do campus.

Servidores do Campus Caçador também estiveram presentes na Assembleia. Na terça-feira, quatro servidores técnico-administrativos do campus aderiram à greve. No entanto, segundo o diretor-geral do campus, Juarez Pontes, as aulas estão mantidas normalmente.

Manifestações

Na terça-feira (07), servidores em greve realizaram atividades durante todo o dia na Reitoria e acompanharam por meio de um telão a transmissão ao vivo da 112ª Plena do Sinasefe Nacional. Na manhã de quarta-feira (08) os estudantes do IFSC fizeram uma manifestação no Centro de Florianópolis para reivindicar o retorno imediato às aulas. O protesto contou com a presença de alunos e servidores de diversos campi do IFSC e também com representantes de outras instituições, como a União Catarinense dos Estudantes (UCE), o Diretório Central dos Estudantes da UFSC e o Sinasefe-SC.

A manifestação iniciou com uma apresentação organizada pelo grêmio estudantil do Campus Florianópolis do IFSC. Vestidos com roupas pretas, os manifestantes simularam a morte da educação. Depois disso, os estudantes saíram em passeata pelo Centro de Florianópolis, exibindo faixas e cartazes de protesto contra o prolongamento da greve. Com a ajuda de megafones e carro de som, explicaram à população que reivindicam o retorno das aulas, interrompidas desde o início da greve, em 18 de junho.

Na quinta-feira (09) foram realizados atos unificados em Joinville, Xanxerê, Sombrio e Florianópolis. No norte do estado, servidores do IFSC, do IFC e da UFSC se reuniram na Praça da Bandeira. Já na capital, um ato público no centro da cidade reuniu servidores de várias áreas do serviço público federal. Segundo o coordenador do Sinasefe-SC, Marival Coan, o objetivo da manifestação foi exigir a abertura das negociações com todas as categorias.

A próxima assembleia do Sinasefe-SC está marcada para quinta-feira (16) terça-feira (14), às 13h30, no Campus Florianópolis. Na reunião, os servidores farão uma nova avaliação do movimento e discutirão encaminhamentos e ações.

Greve no IFSC

A greve no IFSC foi deflagrada pelo Sinasefe-SC seguindo um movimento nacional da categoria. O movimento segue com adesão parcial.

Dos 19 campi do IFSC, 15 estão com as atividades afetadas. São eles: Araranguá, Canoinhas, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Florianópolis-Continente, Gaspar, Geraldo Werninghaus, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça, São José, São Miguel do Oeste e Xanxerê. Apenas os campi Caçador, Garopaba, Lages e Urupema estão com o calendário acadêmico inalterado até o momento.

As reivindicações junto ao Governo Federal incluem, entre outros pontos, reajuste salarial de 22%, estabelecimento de data-base e reestruturação das carreiras dos técnicos administrativos e dos docentes do ensino básico, técnico e tecnológico.