Com o objetivo de integrar os cursos a distância oferecidos pela instituição, ampliar a oferta de vagas e cursos nesta modalidade e melhorar as atividades ligadas à educação a distância (EaD), a Pró-Reitoria de Ensino iniciou o processo de “Institucionalização da EaD no IFSC”. A primeira etapa do processo já começou e trata-se de uma consulta pública entre os servidores da instituição sobre a proposta didática, pedagógica e organizacional da EaD. A avaliação da proposta deve ser feita pela internet (clique aqui para acessar o documento) e as sugestões devem ser enviadas até o dia 25 de novembro por meio deste formulário eletrônico.

Segundo a pró-reitora de Ensino, Daniela de Carvalho Carrelas, o intuito do processo de institucionalização é, ao mesmo tempo, atender à legislação dos Institutos Federais e consolidar a oferta de cursos a distância no IFSC. “A proposta que elaboramos e está disponível para os servidores foi inspirada em modelos de sucesso utilizados por outras instituições, adequando esses modelos à nossa realidade”, destaca.

Uma das principais mudanças trazidas pela proposta é a criação de um campus dedicado exclusivamente à EaD, o qual teria dois propósitos: o primeiro, oferecer cursos em diversos níveis de ensino – da qualificação profissional ao doutorado – relacionados ao eixo de Gestão de Negócios e à área de Educação; o segundo, de assessorar os campi que quiserem ofertar cursos a distância em seus eixos tecnológicos específicos.

Para ofertarem cursos a distância em seus eixos, os campi poderão contar com os chamados Núcleos de Educação a Distância (NEaD), que possuem uma estrutura reduzida e voltada à oferta da EaD no campus. “Os NEaDs possuiriam profissionais e infraestrutura suficiente para operacionalizar as aulas dos cursos de cada campus”, explica a pró-reitora.

A divisão entre campus e núcleos tem o objetivo de otimizar as atividades relacionadas à oferta de EaD. Enquanto o campus centralizaria atividades específicas desta modalidade de ensino – como, por exemplo, produção de material didático adaptado à linguagem da EaD –, os núcleos se diferenciariam em função dos tipos de curso de cada campus. “Assim não precisamos ter uma equipe completa de EaD em cada cidade ou campus”, afirma Daniela.

Capacitação de servidores

Por ser dedicado à oferta de cursos ligados ao eixo tecnológico de Gestão de Negócios e à área de Educação, a proposta formatada pela Pró-Reitoria de Ensino tem o objetivo de permitir, também, a capacitação dos servidores da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, em especial os do IFSC. “Com o novo campus poderemos contratar professores doutores e oferecer cursos de mestrado e doutorado ligados às demandas tanto locais quanto de EPT, de Gestão Pública e da própria EaD”, diz.

Além disso, como o novo campus oferecerá cursos de diversos níveis, os cursos de curta duração atualmente oferecidos pela Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) para capacitação dos servidores também poderão passar a ser oferecidos pelo campus. “É uma forma de fomentar a utilização da EaD como instrumento de capacitação e formação continuada dos servidores de maneira contínua e sistemática”, afirma a pró-reitora.

Programas e-Tec e UAB

Atualmente, todos os cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação oferecidos na modalidade a distância fazem parte dos programas Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec) e Universidade Aberta do Brasil (UAB). A proposta de institucionalização da EaD não pretende acabar com a oferta de cursos ligados a esses programas, mas ampliar os cursos e vagas oferecidos.

“Como toda a estrutura dos cursos é composta por bolsistas desses programas e grande parte deles não é servidor do IFSC, o que aconteceria com a EaD se os programas terminassem? Por isso a proposta do campus, com servidores concursados, ajuda a dar continuidade aos cursos e a manter a expertise dessas pessoas dentro da instituição”, explica a pró-reitora.

Com a manutenção dos programas, a proposta da Pró-Reitoria de Ensino é de que tanto o e-Tec quanto a UAB continuem fomentando os cursos a distância da instituição por meio de suas bolsas e demais recursos. “É importante lembrar que isto é um processo, que vai permitir mudanças graduais até alcançarmos uma institucionalização no formato avaliado como o melhor pela comunidade do IFSC. Se alguém tiver uma ideia totalmente diferente da proposta atual, pode ficar à vontade para fazer a sugestão”, afirma.

Demais etapas da institucionalização

O processo de institucionalização é composto, no total, por quatro etapas. A primeira delas é composta pela consulta pública – que está aberta até 25 de novembro pelo formulário eletrônico – e pelos demais estágios de aprovação do modelo didático, pedagógico e organizacional da EaD no IFSC. Esta etapa deve ser finalizada até fevereiro de 2013.

As demais etapas ainda não possuem cronograma e são as seguintes:
– etapa 2: revisão dos documentos institucionais e proposição de novos, para implementação do modelo de institucionalização da EaD no IFSC;
– etapa 3: mapeamento dos processos e procedimentos para efetivação da proposta aprovada;
– etapa 4: desenvolvimento de sistemas e viabilização da estrutura organizacional para efetivação da
institucionalização da EaD.

Mais informações sobre o processo de institucionalização e sobre a consulta pública aberta aos servidores do IFSC podem ser obtidas pelo telefone (48) 3877-9017 ou pelo e-mail sandrag@ifsc.edu.br, com a servidora Sandra Guimarães.