Projeto de extensão do Campus Canoinhas leva inclusão digital para deficientes visuais
30. outubro 2012 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Canoinhas, MatériasO Campus Canoinhas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) está desenvolvendo um projeto de extensão que visa proporcionar aos deficientes visuais o acesso à internet. O projeto teve início em agosto desse ano e, nessa primeira etapa, deve se estender até dezembro.
De acordo com o coordenador de Extensão e Relações Externas do Campus Canoinhas, Júlio Cezar Bragaglia, o projeto, desenvolvido em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais do Planalto Norte de Santa Catarina (Adeviplan), foi motivado pelo desejo dos deficientes visuais em navegar na internet. “Foram pesquisados sistemas já utilizados por eles, como o DosVox, e outros como o Virtual Vision, Jaws e NVDA. Cada um é apropriado para a execução de tarefas diferentes, ou seja, um complementa o outro”, explica.
Segundo Júlio, um dos desafios do projeto é encontrar a voz mais natural possível, minimizando a voz robotizada dos softwares. “Através dela é que os indivíduos se localizam nos sistemas. Fomos buscar experiências fora de Canoinhas, participando de fórum de inclusão e acompanhando projetos desenvolvidos nessa área”, conta.
Júlio ressalta ainda que, o que mais compensa na realização desse tipo de projeto, é ver a transformação na vida das pessoas. “Alguns alunos já verificam e enviam e-mails sozinhos, sem qualquer ajuda de outra pessoa. É muito gratificante observá-los utilizando o computador e navegando na internet, buscando conhecimento e fazendo parte da rede. O esforço e a superação deles nos faz refletir sobre muitas coisas”, conclui.
As atividades são preparadas no campus e o treinamento acontece duas vezes por semana, na própria sede da Adeviplan. A capacitação é feita pelo aluno bolsista do curso técnico em Informática do campus, Cleber Gurzinski, com orientação do professor Gláucio Wachinski. “Nesse primeiro momento estamos atendendo cinco alunos, cegos ou de baixa visão, que também já estão sendo capacitados para ensinar outros deficientes visuais a acessarem a internet. A intenção é que o projeto seja ampliado a partir do próximo ano”, conta o professor.