Fórum debate diretrizes para os cursos Proeja no IFSC
27. novembro 2012 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, Câmpus Caçador, Câmpus Canoinhas, Câmpus Chapecó, Câmpus Criciúma, Câmpus Florianópolis, Câmpus Florianópolis-Continente, Câmpus Garopaba, Câmpus Gaspar, Câmpus Itajaí, Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Câmpus Jaraguá do Sul-Rau, Câmpus Joinville, Câmpus Lages, Câmpus Palhoça Bilíngue, Câmpus São José, Câmpus São Miguel do Oeste, Câmpus Urupema, Campus Xanxerê, Eventos, MatériasCom o objetivo de propor diretrizes para a consolidação do Programa Nacional de Integração Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) na instituição, foi realizado nos dias 26 e 27 de novembro o Fórum Proeja do IFSC. O evento contou com palestras, debates e mostra de pesquisas ligadas ao Proeja, proporcionando a reflexão e a definição de ações para institucionalizar o programa dentro do IFSC. Cerca de 100 servidores de diversos campi participaram do Fórum.
Criado em 2005 pelo Governo Federal e atualmente regido pelo decreto nº 5.840 de 2006, o Proeja é um programa voltado à capacitação profissional de pessoas que não concluíram seus estudos no tempo normal. “Nós, enquanto instituição de ensino, temos em nosso DNA o compromisso de permitir a todos. Adultos têm que ter a oportunidade de voltar a estudar em turmas adequadas às suas necessidades”, defende a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider.
Para o diretor de Desenvolvimento de Ensino do IFSC, Paulo Roberto Wollinger, com o aumento da oferta de vagas no ensino superior – tanto na rede pública quanto na privada –, o maior gargalo da educação está se tornando a educação básica, que é o foco da “Educação Proeja”. “O Brasil tem uma dívida social com milhões de pessoas que não cumpriram sua trajetória escolar no tempo adequado, seja a educação propedêutica quanto a educação profissional. E a missão de diminuir essa dívida social foi dada a nós, dos Institutos Federais”, afirma.
A demanda social também é identificada pela coordenadora de Proeja do IFSC, Elenita Eliete de Lima Ramos. “Além de uma obrigação em lei, também é uma obrigação social ofertarmos cursos de qualidade para as pessoas que tiveram seus estudos interrompidos em algum momento da suas vidas”, diz.
Durante o evento, os representantes dos campi, reunidos em grupos de trabalho, debateram temas relacionados ao Proeja como, por exemplo, a divulgação dos cursos, o processo de ingresso, o currículo, a permanência e êxito, a assistência estudantil, os próprios cursos oferecidos e a formação de profissionais que atuam nestes cursos. Na terça-feira, dia 27, as discussões foram socializadas e constituídas num documento que será encaminhado para a apreciação do Conselho Superior e, assim, instituir o Proeja como uma política institucional no IFSC.
Abertura
Na abertura do evento, o professor convidado do Instituto Federal Catarinense, Casemiro José Mota, destacou o papel dos Institutos Federais frente aos desafios da educação no País. “Os Institutos não são universidades e nem precisam ser. Quem entrou aqui achando que iria trabalhar numa universidade, pode ir embora. Nós aqui temos que levar as pessoas para o mundo do trabalho, principalmente aqueles que não tiveram condições, ou seja, os pobres”.
Ainda segundo Mota, dezesseis princípios deveriam nortear o trabalho desenvolvido nos Institutos para levar efetivamente a melhoria da qualidade da educação e das políticas públicas. Entre eles estão a articulação com outros serviços públicos, a promoção do desenvolvimento local e a verticalização do ensino e da docência. “O aluno tem que entrar no Instituto e se enxergar no doutorado. Mas para isso o Instituto Federal não deve se esforçar para produzir uma nova realidade, mas sim trabalhar para transformar a realidade já existente”, define.