Alunos do Campus Criciúma reformam asilo
10. dezembro 2012 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Criciúma, MatériasUm grupo de aproximadamente 70 alunos de Edificações do Campus Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) trabalha desde o início de novembro em uma atividade que alia o aprendizado com benefício social. Por meio do projeto de extensão “Aprendizagem por meio de realização de benfeitorias em entidade social de Criciúma”, eles fazem reformas no asilo São Vicente de Paulo, localizado no bairro Michel.
O asilo existe desde 1958 e seu prédio encontra-se hoje em situação precária. Há problemas relacionados a umidade, infiltração, acessibilidade e aos sistemas hidráulico e elétrico. Os estudantes do IFSC já fizeram em cerca de um mês de trabalho readequação no sistema elétrico (com participação de alunos do curso técnico em Eletrotécnica do Campus Criciúma), instalação de pontos de água e esgoto, construção de rampas e trabalhos de reforma de um dos banheiros que está em andamento.
As atividades envolvem duas turmas do curso técnico concomitante em Edificações e outras duas do curso subsequente da mesma área, nos horários em que eles teriam aulas práticas em laboratório. “Eles veem problemas reais, que possivelmente não aconteceriam no laboratório, por ser um ambiente controlado”, conta o professor Lucas Bastianello Scremin, coordenador do projeto, apoiado por edital interno de incentivo à extensão (Aproex). A previsão é de que os trabalhos propostos nesse projeto terminem em fevereiro do próximo ano, mas pode ter continuidade nos próximos semestres. Os materiais utilizados nas obras de reforma são fornecidos pelo asilo (em parte, oriundos de doações) ou adquiridos com recurso do projeto de extensão.
A aluna Kamila Biazoto é bolsista do projeto e conta que a experiência tem sido importante para ela e seus colegas. Tanto eu como os outros alunos vimos realmente como é a profissão do técnico. O interessante é fazer um trabalho voluntário na nossa comunidade e ajudar quem realmente precisa, que no caso são os idosos e os trabalhadores do asilo”, diz. Para Kamila, o trabalho tem um significado ainda mais especial: o avô dela, que ela não via há anos, mora no asilo. “Hoje eu vejo ele toda semana. E acredito que ele fica feliz em me ver e eu também fico feliz em vê-lo e em poder melhorar o lugar em que ele vive”, completa.
A ideia de fazer o trabalho no asilo São Vicente de Paulo surgiu dos “trotes solidários”, organizados pelos alunos do Campus Criciúma a cada semestre. Os trotes incluem doações para o asilo e, em uma das visitas para entrega dos donativos, os professores e alunos do IFSC conheceram toda a estrutura do prédio, percebendo a sua precariedade.
Assista abaixo reportagem feita pela RBS TV sobre o projeto do Campus Criciúma.