Seminário fomenta discussões em torno da criação do Centro de Memória

17. maio 2013 | Escrito por | Categoria: Câmpus Araranguá, Câmpus Caçador, Câmpus Canoinhas, Câmpus Chapecó, Câmpus Criciúma, Câmpus Florianópolis, Câmpus Florianópolis-Continente, Câmpus Garopaba, Câmpus Gaspar, Câmpus Itajaí, Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Câmpus Jaraguá do Sul-Rau, Câmpus Joinville, Câmpus Lages, Câmpus Palhoça Bilíngue, Câmpus São José, Câmpus São Miguel do Oeste, Câmpus Urupema, Campus Xanxerê, Matérias, Reitoria

sandra_maria_fabianaA importância de se criar uma cultura institucional que valorize e resgate a memória do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) foi o eixo principal das discussões do Seminário Memória & Memórias, realizado nos dias 15 e 16 de maio no auditório da Reitoria, dentro da programação oficial da 11a Semana Nacional dos Museus. Na avaliação da coordenadora do evento, Sandra Lopes Guimarães, a oportunidade de trocar conhecimentos e experiências com especialistas da área da museologia, bem como de pesquisadores que trabalham com a temática da memória, trouxe grande qualidade aos debates. “Nós estamos iniciando o processo de criação do Centro de Memória e precisamos buscar expertise para desenvolver esse trabalho da melhor forma possível”, avalia.

A abertura do evento contou com a participação da reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider; da Diretora de Extensão, Fabiana Mortimer Amaral; e da coordenadora do evento, Sandra Lopes Guimarães (na foto à esquerda). A reitora do IFSC destacou que este é o momento para resgatar a memória e discutir a instituição. “Temos que olhar para o passado e aprender com ele para projetarmos um futuro melhor. Resgatar a memória do Instituto é fundamental para que nós mesmos e também a sociedade entenda melhor nossa instituição”, disse Maria Clara. Já Sandra explicou que um dos objetivos do evento é desconstruir a visão preconceituosa que existe sobre museus. “Quando se fala em museu as pessoas já remetam a coisas velhas, antigas. E na verdade eles são uma parte da nossa história que precisa ser preservada”, disse a coordenadora.

Para Sandra, os dois dias de discussões em torno do assunto proporcionaram embasamento para o início das atividades do grupo de trabalho que irá organizar o projeto e elaborar o regimento da estrutura – por enquanto nomeada como Centro de Memória, Cultura e Documentação do IFSC. A primeira reunião do GT, formado por 21 servidores de todos os câmpus, está agendada para a próxima quarta-feira (22 de maio).

A temática da memória foi o elemento comum nas discussões, que contou com apresentações de professores da instituição e convidados externos. “A identidade liga-se à memória. O que nos torna diferentes é a nossa própria história e o que nos iguala é o esquecimento”, afirmou o educador Pedro Cabral Filho, citando o filósofo alemão Jürgen Habermas, ao tratar da importância da constituição de espaços como os museus para a preservação e a valorização da memória.

marceloO vice-diretor do Câmpus Florianópolis, Marcelo Martins, apresentou o projeto de criação do Memorial do câmpus, que tem a participação da museóloga Rosana Dias do Nascimento e do estudante de Museologia da UFSC Jonei Bauer. De acordo com Martins, esse levantamento pretende cumprir um dos objetivos do projeto, que é estruturar um espaço de exposições permanentes que valorizem o patrimônio do câmpus. Já foram identificados 437 objetos que podem compor esse acervo, como uma afiadora de ferramentas datada de 1928 (abaixo, à direita), uma impressora tipográfica e uma pintura de Nilo Peçanha, fundador da antiga Escola de Aprendizes Artífices em 1909.

afiadora ferramentas 1928 campus fpolisA museóloga Luciana Palmeira, coordenadora de Patrimônio Museológico do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), destacou o fato de a memória ser um processo vinculado ao presente. “É no presente que o indivíduo percebe o passado e dá significado a suas lembranças”, afirmou. A especialista destacou que a proposta atual do IFSC é desafiadora, já que o projeto do Centro de Memória remete a uma estrutura extremamente ampla. “É evidente que há um desafio conceitual a enfrentar, muitas possibilidades diferentes de tratamento técnico para esse espaço”, ponderou. Luciana apresentou um histórico sobre a constituição da Política Nacional de Museus no Brasil, processo que teve início há dez anos.

painelFizeram parte da programação do seminário Memória & Memórias a oficina de pintura e grafitagem ministrada pelos alunos Jonathas Silveira e Lucas Prisco e a Mostra Design, ambas atividades desenvolvidas por alunos do Câmpus Florianópolis. O evento fez parte da programação da 11a edição da Semana Nacional de Museus, que teve o tema “Museus (Memória + Criatividade) = Mudança Social” e envolveu a participação de 1.252 instituições em todo o país, com 3.911 atividades desenvolvidas em 535 municípios.
O seminário Memória & Memórias fez parte da programação da 11a edição da Semana Nacional de Museus, que teve o tema “Museus (Memória + Criatividade) = Mudança Social” e envolveu a participação de 1.252 instituições em todo o país, com 3.911 atividades desenvolvidas em 535 municípios.

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2 comentários até o momento. em "Seminário fomenta discussões em torno da criação do Centro de Memória"

  1. Oi, José Fabiano!

    Esse assunto já foi divulgado em algumas matérias aqui mesmo no Link Digital como você pode conferir abaixo:

    https://linkdigital.ifsc.edu.br/tag/centro-de-memoria/
    https://linkdigital.ifsc.edu.br/2013/05/03/ifsc-promove-seminario-na-semana-nacional-de-museus/

    Nas newsletters do Link Digital, enviadas nas sextas-feiras por email para todos os servidores do IFSC, o assunto também foi destaque. Além disso, o evento foi divulgado nas Mídias Sociais do IFSC. De toda forma, encaminharemos a sua reclamação para a a coordenadora do evento, Sandra Lopes Guimarães, da Pró-Reitoria de Ensino.

  2. José Fabiano de Paula disse:

    Boa tarde! Infelizmente não tomei conhecimento da atividade. Gostaria muito de ter participado. Inclusive, no ano de 2011 elaborei um projeto de extensão onde visava-se construir a memória do Câmpus São Miguel do Oeste. Como não havia uma metodologia apropriada, criamos uma que baseou-se na pesquisa documental e auxiliada pela técnica da história Oral. Dessa forma, teria muito interesse em participar, apresentando a experiência. Um dos objetivos deste trabalho foi criar uma metodologia “passo a passo” para que cada Câmpus da Fase de Expansão II pudesse produzir a sua própria memória. Sendo assim, espero em outro momento aprender e contribuir para o trablaho.