Cerca de 100 novos servidores técnico-administrativos de vários câmpus do IFSC participaram durante dois dias de atividades de ambientação organizadas pela Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), na Reitoria, em Florianópolis. Na abertura do encontro, na manhã de terça-feira (25), a reitora Maria Clara Kaschny Schneider ressaltou a importância dos novos servidores conhecerem o Instituto e se sentirem parte dele. “Somos uma instituição centenária e ao mesmo tempo muito nova como Instituto Federal. Por causa da grande expansão que tivemos a partir de 2006, temos realidades muito diferentes entre os nossos câmpus. Conhecer essas diferenças irá contribuir para que juntos tornemos essa instituição cada vez melhor”, disse.

Além de receber informações sobre o histórico, estrutura organizacional e missão, visão e valores do IFSC, na manhã de terça-feira os novos servidores conheceram o programa de capacitação desenvolvido na instituição, além de perspectivas de atuação. No período da tarde, o diretor de Ensino do IFSC, Paulo Roberto Wollinger (na foto abaixo), e o professor do Instituto Federal Catarinense (IFC) Casemiro Mota abordaram aspectos históricos sobre a educação profissional e tecnológica no Brasil e as peculiaridades dos sujeitos que são considerados público prioritário da EPT.

Wollinger apresentou uma ampla contextualização histórica acerca do surgimento da EPT no Brasil, em 1909, por iniciativa do então presidente Nilo Peçanha. Na época, foi criado também o Ministério da Agricultura e o primeiro departamento governamental de defesa dos indígenas. “As Escolas de Aprendizes Artífices, quando criadas, eram vinculadas ao Ministério da Agricultura. Na época, a EPT não era considerada educação e isso é importante para compreender o preconceito que há, ainda hoje, dos principais teóricos brasileiros em relação à educação profissional e tecnológica”, salientou Wollinger. Decorre daí o que o diretor de Ensino considera o grande desafio dos institutos federais: consolidar a EPT como educação. Hoje são 38 institutos federais espalhados pelo país, com 460 câmpus e cerca de 1 milhão de alunos matriculados.

O professor Casemiro Mota destacou a estreita ligação dos institutos federais com os municípios nos quais estão sediados. “Araquari, por exemplo, é uma cidade sem base de desenvolvimento que possivelmente deixaria de existir se não fosse a presença do IFC”, afirmou. “Vocês, portanto, enquanto servidores, são agentes de desenvolvimento local”, acrescentou.

No segundo dia da ambientação, os novos servidores conheceram a atuação do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) no início da manhã. Em seguida, as equipes das cinco pró-reitorias e o Gabinete apresentaram suas equipes e principais atribuições.

“Fomos muito bem recebidas e já foi possível perceber que há bastante trabalho pela frente”, avaliou  a assistente de alunos Mara Lucia Schroeder Tavares (à direita na foto), 32 anos, que assumiu a função no Câmpus Canoinhas. Natural do próprio município, ela trabalhou em uma universidade privada por nove anos antes de ingressar na carreira pública federal. “As perspectivas de crescimento aqui são bastante interessantes”, considerou. Já a assistente social Marinez de Carvalho (à esquerda na foto), 35, mudou-se de Cascavel (PR) para assumir a função também no Câmpus Canoinhas. Ela atuou no município de origem como servidora municipal durante 16 anos. “Com a ambientação a gente começa a se situar melhor numa instituição tão grande. Em Canoinhas o trabalho será intenso, já que o setor de assistência social está em implantação”, avaliou Marinez.