Experiências alemãs poderão influenciar novas propostas para a Rede Federal

12. julho 2013 | Escrito por | Categoria: Gestão, Matérias

visita_institutoIntegrar as pesquisas básica e aplicada para gerar inovação. Estruturar o currículo para o aluno ter o aprendizado direto no mercado de trabalho. Essa realidade que já ocorre na prática na Alemanha podem servir de referência para o IFSC aprimorar os seus modelos de ensino e pesquisa. Durante viagem ao país europeu, na última semana, a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, visitou instituições em Berlim e já estuda a viabilidade de levar servidores do Instituto para conhecerem as experiências alemãs.

As visitas fizeram parte da agenda da delegação brasileira do Ministério da Educação (MEC) que atuou como observadora do WorldSkills 2013, maior torneio de educação profissional do mundo. Uma das instituições visitadas foi o Fraunhofer IPK, um instituto de Sistemas de Produção e Tecnologia de Design. De acordo com a reitora, os dirigentes dos Institutos Federais brasileiros e representantes do MEC, puderam ver como funciona a integração entre as áreas de pesquisa e ensino no País. “Com uma estrutura física interligada, os professores universitários desenvolvem pesquisas básicas em articulação com os pesquisadores dos Institutos de Pesquisas que, por sua vez, fazem a pesquisa aplicada. E em uma estrutura híbrida, são geradas as inovações que levam o conhecimento para a sociedade”, explica Maria Clara. “É uma estrutura semelhante a que queremos ter com os polos de inovação”, complementa.

visita_berlimA reitora do IFSC destaca ainda o sistema dual alemão de integrar a escola e a empresa. “Na Alemanha, existe um currículo articulado com o mundo do trabalho que faz com que as escolas estejam mais próximas do mercado e o aluno aprenda dentro da fábrica”, conta. Segundo a dirigente, esse modelo será mais estudado pelos dirigentes dos IFs para ver a possibilidade de uma atuação similar no Brasil.

Para que os servidores dos Institutos conheçam essa experiência alemã, uma das alternativas é a oferta de bolsas de intercâmbio para que os professores visitem instituições de ensino e pesquisa da Alemanha e do Canadá – que também possui uma estrutura semelhante. “Queremos ver com o MEC essa possibilidade de ofertar bolsas pelo programa Ciência sem Fronteiras ainda neste ano”, afirma Maria Clara.

visitaApesar de todo a admiração pelas experiências alemãs, a reitora do IFSC ressalta que a intenção com a troca de conhecimento não é copiar o modelo. “Temos uma realidade diferente nos Institutos Federais e queremos estudar como as boas práticas feitas nessas instituições estrangeiras podem ser adaptadas ao nosso trabalho e à nossa estrutura”, informa.

Outra oportunidade que a viagem gerou é a possibilidade de intercâmbio para professores de cursos de licenciatura na Finlândia – uma referência mundial no assunto. “Precisamos fortalecer nossas licenciaturas, capacitar os profissionais que formam os futuros professores e a didática de outros países pode nos ajudar nesse sentido”, diz Maria Clara.

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