Volta aos estudos dá novas perspectivas a alunas do Mulheres Mil
30. julho 2013 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, Governo Federal, MatériasImagine voltar a uma sala de aula depois de 45 anos sem estudar. Foi isso que fez a aposentada Maria de Fátima Tondin, de 57 anos, que não frequentava uma escola desde os 12, quando completou a 4ª série do Ensino Fundamental. A volta aos estudos foi concretizada por meio do programa Mulheres Mil do Câmpus Araranguá do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Maria de Fátima foi uma das alunas formadas no dia 29 de maio, na primeira turma do programa ofertada pelo câmpus. Com o curso, a aluna encontrou a motivação que precisava para voltar aos estudos. Hoje ela está na segunda turma do programa Mulheres Mil e ainda faz aulas de Espanhol no período noturno. “Estudar é muito bom porque ocupa o nosso tempo, é uma distração boa”, conta.
Depois de se aposentar como costureira, Maria de Fátima se prepara agora para ser avó. A primeira neta deve chegar nos próximos meses. “Espero que com a chegada dela eu possa continuar estudando, mas com certeza vou ter menos tempo livre”, afirma.
Já a aposentada Valdete Reginaldo Clarisdino, de 52 anos, é aluna do programa Mulheres Mil pela primeira vez. Ela acabou de concluir o Ensino Médio na modalidade Educação de Jovens e Adultos e decidiu seguir o conselho das professoras. “Elas sempre falavam pra gente não parar de estudar, continuar fazendo outros cursos para não se acomodar”, conta.
Avó de cinco netos, Valdete ocupa seus dias cuidando da família e comparecendo às aulas do curso. Segundo ela, esse é o segredo para uma vida saudável e feliz. “Quem fica em casa sem fazer nada adoece. A gente sempre tem que estar com a cabeça ocupada para não envelhecer”, revela.
Segundo a gestora do programa no Câmpus Araranguá, Jaqueline Steffens, fazer com que mulheres em situação de vulnerabilidade social retornem aos estudos é um dos objetivos do programa, que vem alcançando ótimos resultados na cidade. “Trazer essas mulheres de volta para a vida escolar e motivá-las a continuar estudando após o término do curso é muito gratificante. A gente vê que realmente isso muda a vida delas”, avalia Jaqueline.