Professores discutem estratégias pedagógicas para alunos com deficiência
9. agosto 2013 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Florianópolis-Continente, MatériasProfessores do Câmpus Florianópolis-Continente tiveram dois dias para discutir com especialistas as estratégias para a acessibilidade de alunos com deficiências. A necessidade da capacitação aumentou depois que o câmpus passou a oferecer o curso Gastronomia Inclusiva, em parceria com a a Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade – Núcleo Regional Santa Catarina (Apabb/SC).
O projeto de formação continuada, nos dias 8 e 9 de agosto, na Reitoria, foi resultado das discussões promovidas pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais (Napne) em parceria com o Núcleo Pedagógico do câmpus. Os palestrantes – Adriano Henrique Nuernberg, Maria Sylvia Cardoso Carneiro e Patrícia Muccini Schappo – vieram da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para trocar experiências com os profissionais do IFSC e propor novas formas de abordagem em sala de aula.
Segundo a pedagoga Patrícia Schappo (foto), da Coordenadoria de Acessibilidade Educacional da UFSC, o mais importante é perceber a deficiência como uma característica do sujeito, como gênero e etnia. “Mesmo entre alunos com a mesma deficiência, cada um deve ser tratado como único. As estratégias devem ser conversadas individualmente”, afirmou. Para a professora do curso de Gastronomia Inclusiva, Silvana Müller, as aulas estão sendo um aprendizado também para professores e monitores. “Nas primeiras turmas falei para os alunos: me ensina a te ensinar”, conta Silvana.
A aprendizagem, para os especialistas, não se restringe à sala de aula. Para Patrícia Schappo é importante se colocar no lugar da pessoa com deficiência e nos conscientizarmos que todos nós estamos suscetíveis a sofrer alguma lesão. “Esta visão é extremamente importante para incluir o aluno na escola e discutir com a turma a importância desta inclusão”, afirma.
Na palestra também foram abordadas questões bem práticas, como no tratamento com alunos com deficiência visual. A orientação é que se descreva o máximo situações e objetos. “Em um vídeo, as cenas mudas devem ser descritas, de forma bem objetiva e curta. Se o objetivo é mostrar algum objeto, ele deve ser descrito para depois estimular o aluno a tocá-lo. Assim, o próprio estudante cria um mapa mental daquelas situações”, explica Patrícia.
Para a coordenadora do Napne do Câmpus Florianópolis-Continente, Maria Helena Alemany Soares, o curso foi muito produtivo para a troca de informações e para melhor capacitar estes jovens para o mercado de trabalho. “As empresas têm obrigação legal de contratar pessoas com deficiência, então esta é uma boa oportunidade de capacitar estas pessoas para preencher estas vagas”.