Os direitos das mulheres e como elas devem agir em caso de ameça ou agressão foram os assuntos tratados nesta quarta-feira (4) em uma palestra da delegada Marilisa Boehm às alunas dos cursos de “Gestão e Manutenção do Lar” e “Informática Básica e Mídias Sociais”, do Câmpus Joinville do IFSC.

“Denuncie, não espere”. Esta foi a principal orientação da delegada para as mulheres vítimas de agressão. Segundo ela, a maioria das mulheres já ouviu falar na Lei Maria da Penha mas conhece pouco as medidas protetivas que ela garante. Constatada a prática da violência, o juiz pode determinar o afastamento do agressor da residência da família e até proibir que ele se aproxime da vítima.

Existe ainda a possibilidade da mulher que denuncia o companheiro se afastar dele e ficar protegida em uma instituição do Estado. “As mulheres precisam saber que existe um abrigo para as vítimas de violência. E os programas de atendimento oferecem ajuda de psicólogos, médicos e assistentes sociais”, completa.

Para as alunas Anita Alves (63) e Dolíria Rosa (62), a palestra foi uma ótima oportunidade para tirar dúvidas sobre seus direitos e até orientar outras mulheres da família. “Voltei ao passado com esta aula. Mas isso é bom, assim a gente tem mais condições de enfrentar os problemas”, afirmou Anita.

Várias alunas também deram seus depoimentos sobre a dificuldade de lidar com companheiros e filhos dependentes químicos. “Quando meu filho está bem, ele sempre fala o quanto a droga faz mal, mas é só conseguir um dinheiro, que vai comprar. Não consegue largar”, disse uma das alunas.

Para a delegada, é importante convencer o dependente químico a se internar numa clínica de reabilitação. “Em alguns casos é possível pensar também numa internação compulsória ou uma ação de interdição”, completou.

A palestra da delegada no Mulheres Mil foi intermediada por uma das instituições parceiras do programa – a Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais de Joinville.