IFSC completa 104 anos com palestra de Mario Sergio Cortella
24. setembro 2013 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, Câmpus Caçador, Câmpus Canoinhas, Câmpus Chapecó, Câmpus Criciúma, Câmpus Florianópolis, Câmpus Florianópolis-Continente, Câmpus Garopaba, Câmpus Gaspar, Câmpus Itajaí, Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Câmpus Jaraguá do Sul-Rau, Câmpus Joinville, Câmpus Lages, Câmpus Palhoça Bilíngue, Câmpus São Carlos, Câmpus São José, Câmpus São Miguel do Oeste, Câmpus Tubarão, Câmpus Urupema, Campus Xanxerê, Matérias, ReitoriaNesta quarta-feira, 23 de setembro, o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) completou 104 anos de atuação. Para comemorar a data, cerca de 500 pessoas – entre servidores, alunos e convidados externos – assistiram à palestra do filósofo e educador Mario Sergio Cortella, na Associação Catarinense de Medicina, em Florianópolis.
Humildade, coragem e esperança. Foi com essa três palavras que o professor definiu a atuação dos profissionais da educação no século XXI. “Humildade de assumir que nunca sabemos tudo, coragem para acreditar na mudança e esperança ativa – a do verbo esperançar, não do verbo esperar – para ir atrás da transformação que queremos”, disse Cortella.
O professor também ressaltou que um dos maiores problemas dos educadores atualmente é que se tirou do jovem a ideia de esforço. “Trabalhar, assim como estudar, dá trabalho. E não se sustenta uma nação sem esforço”. Cortella alertou ainda sobre o cuidado que os educadores precisam tomar com a palavra impossível, muitas vezes utilizada de maneira equivocada na educação. “O impossível não é um fato e sim uma opinião. O que é impossível para você pode não ser para o outro”, afirmou.
Cortella alertou que, cada vez mais, é necessário uma postura otimista das pessoas que trabalham com educação. “É proibido resmungar. É muito fácil reclamar e ficar esperando que as coisas deem errado. A vaca não dá leite, você tem que tirar”, disse.
Para finalizar, Cortella deixou uma mensagem para os servidores do IFSC. “Tenha orgulho de fazer parte desta instituição e lembre-se que sua tarefa é servir. Servir para fazer crescer a comunidade interna e fortalecer a comunidade”, concluiu.
Após a palestra, a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, convidou dois alunos para, simbolicamente, fazer o corte do bolo de aniversário da instituição.
A professora de Artes Noeli Moreira, do Câmpus São Miguel do Oeste, tem 27 anos de docência e já conhecia o trabalho de Cortella por meio dos seus livros e de entrevistas. “A palestra cumpriu minhas expectativas. Eu esperava ouvir exatamente o que ele falou, pois é em que eu acredito. Estamos vivendo um tempo muito difícil na educação mas precisamos de pessoas que acreditem que ela é o único caminho possível para melhorar a sociedade”, disse Noeli, que enfrentou 12 horas de viagem até Florianópolis. “Fizemos um bate e volta bem cansativo, mas valeu a pena!”, avaliou a professora.
Já o aluno Jucinei Bicigo, da última fase do curso técnico de Agroindústria do Câmpus Xanxerê, ficou entusiasmado em conhecer uma personalidade da educação. “Achei muito importante participar desse momento. Aprendi que devemos ter humildade em todos os momentos ”, disse Jucinei, que aproveitou a oportunidade e tirou fotos com o professor Cortella e com a reitora.
Lançamento de livros
Também como parte das comemorações de aniversário, foram lançados cinco livros da editora do IFSC: “Trajetórias da Educação Profissional e Tecnológica – Volumes I e II”, organizados por Luís Enrique Aguilar e Maria Clara Kaschny Schneider; “Mídias Sociais como estratégia de comunicação em Instituições de Ensino: o caso do Instituto Federal de Santa Catarina”, de Daniel Augustin Pereira; “Paralelismo de inversores de tensão aplicados em nobreaks: estudo teórico, estratégia de controle e exemplo de projeto”, de Telles Brunelli Lazzarin; e “Meu Primeiro Livro de Solidworks” de Fábio Evangelista Cabral e Jonatan Maceda Silveira. Para saber mais sobre os livros do IFSC, clique aqui.
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