Com encerramento da 12ª edição, Didascálico entra em nova fase

27. setembro 2013 | Escrito por | Categoria: Câmpus Florianópolis, Eventos, Matérias

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Foi encerrada nesta sexta (27), a 12ª edição do Didascálico – Mostra de Arte e Cultura. Em cinco dias de evento, foram mais de 300 pessoas participando como artistas e um público estimado em mais de 3 mil pessoas. “Este ano, recebemos apenas elogios. A gente costuma ouvir que não se vê isso em qualquer escola, mas a verdade é que deveríamos ver: a arte, a cultura, da forma intensa como tivemos aqui, e gratuita e aberta para todos”, avalia a professora Tânia Meyer.

Para ela, que após 12 anos está deixando a organização do “Didas”, o fim desta edição está uma mistura de sentimentos. “Me sinto feliz, muito feliz, e é como se fosse um começo. A gente que trabalha com a arte sabe que uma das coisas que faz parte do trabalho são essas fases de transição, e isso traz progresso e coisas boas”, conta, emocionada.

didas2A saída de Tânia foi oficializada durante uma breve cerimônia na Praça dos Estudantes, com a presença da reitora Maria Clara Schneider; do diretor-geral do Câmpus Florianópolis, Maurício Gariba Júnior; e de toda a diretoria. “O Didas está chegando na adolescência e é preciso uma emancipação. Temos que deixar um pouco a mãe – porque é como nos sentimos com a Tânia, com a preocupação maternal dela com os alunos. Tanto que uma das preocupações principais dela durante o Didascálico é “chegou o lanche?”, brincou a professora Gizely Cesconetto, que estará agora à frente do projeto, juntamente com uma comissão que está sendo criada pelo Câmpus. “É um evento que está crescendo, ramificando-se para outras instituições, e nós precisamos crescer juntos”, disse Gizely.

“Em primeiro lugar, esse é um momento de agradecer, agradecer muito à professora Tânia. Há pessoas que abraçam a causa com tanta vontade e energia que irradia isso para todos os outros, e a professora Tânia foi esse ponto de irradiação”, disse a reitora Maria Clara. Ela anunciou ainda que, em reunião em Brasília, obteve a garantir de verbas para nossos docentes, e se comprometeu a fortalecer a área de artes com estes futuros novos professores. “E lembramos que o Didascálico não acaba. Afinal, hoje, no último dia do 12º, a comissão recém-formada já está pensando no 13º”.

didas3Já o diretor-geral Maurício Gariba Júnior lembrou que, apesar de a atual gestão já ter investido mais de R$ 100 mil em eventos culturais do Câmpus Florianópolis, o Didascálico já ultrapassou os ‘limites’ da direção. “É um evento do Câmpus, que toda gestão vai ter que se acostumar e apoiar, sempre. É muito bom termos pessoas como a Tânia, a Gizely, Irineu, Vivan, Ramiro (professores da Coordenadoria Artística). Queremos elevar a um outro patamar não só o Didascálico, mas qualquer outro projeto cultural da nossa comunidade acadêmica”, garantiu Gariba.

Emocionada, a professora Tânia lembrou que o Didascálico é um grande aprendizado, de várias maneiras. “Os alunos e servidores aprendem que cada um tem o seu papel, desde o trabalho mais simples, até o mais alto posto. Tem pessoas inclusive que não viram nada das atrações, mas são responsáveis também pelo sucesso e cada um merecia um abraço muito especial”, disse a professora. “A gente ensina também que é possível sonhar e correr atrás. O meu sonho, eu tenho o privilégio de dizer isso aqui na frente de todos vocês, está plenamente realizado”, afirmou, em meio a lágrimas. “Agradeço a cada aluno, a cada servidor que, nesses 12 anos, trabalharam para chegarmos até aqui, e a todos que vão fazer dele algo ainda maior para a cidade e para a região da Grande Florianópolis, porque o nosso sonho é grande. Muito obrigada a todos”, encerrou.

Arte e cultura combinam com tecnologia?

Um pouco antes da cerimônia, Tânia já havia comentado sobre o impacto que o Didascálico causa na comunidade acadêmica – muito além da mudança na praça, nas salas ou no hall de entrada. “É uma forma lúdica de trazer a educação. O alunos que participam da organização adquirem experiência, autonomia, responsabilidade, organização, aprendem a trabalhar em grupo. Os servidores de diferentes departamentos se unem pelo sucesso do evento. É uma experiência única”, conta a professora.

didas“Às vezes as pessoas falam que a educação profissional e tecnológica que oferecemos aqui não combina com arte e cultura, que atrapalhamos quando fazemos essas atividades. Mas o Didascálico é a prova de que ela (a educação tecnológica) pode ser associada à arte e cultura e que isso só traz benefícios para a instituição e para a comunidade, pois há um intenso trabalho de inclusão social”, afirma a professora, referindo-se à aproximação da comunidade durante os eventos. “Essa combinação trabalha a integridade da pessoa, com ricas trocas de experiência, fortalecimento de amizades, sentimento de colaboração”, defende, lembrando que a missão do IFSC já deixou, há muito tempo de ser apenas formar profissionais e mão-de-obra, mas também formar cidadãos. “Tenho a sensação de dever cumprido. E queria deixar aqui um obrigado especial a todos, em especial ao s nossos apoiadores deste ano e ao grupo teatral Boca de Siri, que foi o grande idealizador do Didascálico e está completando 18 anos em 2013”.

Para ver as fotos do 12º Didascálico, acessa a fanpage do Câmpus Florianópolis no Facebook.

Para conferir o vídeo feito pela TV IFSC sobre o evento, clique aqui.

Confira a lista de apoiadores do 12º Didascálico:

  • Sindicato Nacional dos Servidores Federais (Sinafe)
  • Samburá Sonoro
  • Cinemateca Catarinense
  • Federação Catarinense de Cineclubes Catarinenses (Fecacine)
  • Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC)
  • Fundação Cultural de Florianópolis
  • Prefeitura Municipal de Florianópolis
  • Museu da Imagem e do Som (MIS) de Santa Catarina
  • Fundação Catarinense de Cultura (FCC)
  • Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina
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