Câmpus Urupema promove gincana da língua brasileira de sinais
2. outubro 2013 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Urupema, MatériasNa última sexta-feira (27), o Câmpus Urupema promoveu uma gincana em comemoração ao Dia Nacional do Surdo (26 de setembro), na praça municipal Manoel Pinto de Arruda, em Urupema. A atividade foi organizada pela professora do curso de qualificação em Libras Básico, Lenice Cleci Rigon Boscato, e o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne).
Todas as provas da gincana foram elaboradas envolvendo a prática da língua brasileira de sinais. Os 15 estudantes do curso de qualificação em Libras Básico, entre eles dois surdos, participaram da competição. Compareceram também familiares e amigos dos participantes, professores do câmpus, de escolas estaduais e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e membros da Secretaria de Educação de Urupema.
O objetivo principal da gincana foi chamar a atenção para o fato de que os surdos, assim como os ouvintes, são igualmente capazes de aprender e interagir com o mundo em que vivem. De acordo com a professora Lenice Cleci Rigon Boscato, a única diferença é que os surdos utilizam o canal espaço-visual como principal meio para conhecer o mundo, em substituição da audição e fala. “Por isso, a língua de sinais é tão importante para os surdos, pois possibilita o acesso a uma linguagem que lhes permite uma comunicação eficiente e completa, como aquela desenvolvida por sujeitos ouvintes”, diz Lenice.
Sobre o Curso FIC Libras Básico
No ano de 2012, dois estudantes surdos realizaram o curso de qualificação de Desenvolvimento de Sites com HTML e PHP no Câmpus Urupema. Na ocasião, constatou-se que ambos não tinham domínio sobre a língua brasileira de sinais. Por conta disso, as integrantes do Napne do câmpus – Camila Koerich Espindola, Elaine C. Basqueroto Coelho, Evelize Zerger e Marilúcia T. Schauffert – idealizaram o curso de qualificação de Libras Básico.
A primeira oferta do curso foi realizada no segundo semestre de 2013, através de um projeto de extensão. A turma é composta por estudantes surdos, professores da região, familiares dos surdos e membros da comunidade em geral. Além de promover a interação sociocultural entre surdos e ouvintes, o curso viabiliza a comunicação básica em Libras e a compreensão dos conceitos e mitos que envolvem as pessoas surdas e a sua diferença linguística.