Aposentadoria e envelhecimento são assuntos de reflexão em encontro
31. outubro 2013 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, Câmpus Caçador, Câmpus Canoinhas, Câmpus Chapecó, Câmpus Criciúma, Câmpus Florianópolis, Câmpus Florianópolis-Continente, Câmpus Garopaba, Câmpus Gaspar, Câmpus Itajaí, Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Câmpus Jaraguá do Sul-Rau, Câmpus Joinville, Câmpus Lages, Câmpus Palhoça Bilíngue, Câmpus São José, Câmpus São Miguel do Oeste, Câmpus Urupema, Campus Xanxerê, Matérias, ReitoriaCompreender a velhice como uma etapa da vida, o envelhecimento como processo e a aposentadoria como o encerramento de um ciclo foi um dos focos de discussão e reflexão durante o 6° Encontro de Assuntos de Preparação para a Aposentadoria do IFSC, realizado nos últimos dias 29 e 30 no Hotel Canto da Ilha, em Florianópolis. O evento teve a participação de 48 servidores da ativa em vias de se aposentar, além de servidores já aposentados.
A programação do encontro teve palestras sobre atividades físicas, saúde, assuntos funcionais, nutrição, qualidade de vida e educação. A reitora Maria Clara Kaschny Schneider participou de uma conversa com o grupo no primeiro dia do evento e enfatizou a importância dos servidores mais antigos para a instituição, salientando também que é essencial que eles mantenham seus vínculos com o IFSC.
Aposentada desde 2010, Maria Lucia Cidade de Souza, 53 anos, que atuou como professora de matemática no Câmpus São José, participava pela terceira vez do encontro organizado pela Comissão Permanente de Preparação para a Aposentadoria (CPPA). “Os temas escolhidos para as palestras estão cada vez mais interessantes. Sempre se leva muitos novos conhecimentos daqui”, elogiou. Para Maria Lucia, atividades desse tipo são importantes para manter-se integrada à instituição e mesmo para conhecer outros servidores da ativa e aposentados. “É muito gratificante perceber que a instituição continua nos valorizando. Tem vários aqui que estão aposentados há muito tempo e ainda são chamados pelo nome”, comentou Maria Lucia, que é casada e tem duas filhas.
“Participar do encontro é uma oportunidade para repensar aquilo para o que a gente acha que já está preparado”, definiu Zilda de Faveri Vicente Souza, 52 anos, telefonista do Câmpus Florianópolis desde 1990 e atualmente em exercício na assessoria do gabinete da direção. A um ano e dois meses da aposentadoria, ela se considera preparada para o término de suas atividades na instituição, mas pondera que é importante manter uma reflexão permanente a respeito, como ocorre com o programa do IFSC. “Todas as empresas e órgãos públicos deviam ter atividades desse tipo”, considera. Com a aposentadoria, Zilda espera dedicar-se mais à atividade voluntária que já desenvolve na Associação Brasileira de Alzheimer, ter mais tempo para a família e para viajar com o marido – que é servidor da UFSC e também vai se aposentar no ano que vem.
Dados do IBGE indicam que a esperança de vida dos brasileiros que chegam aos 60 anos é de mais 29,2 anos, para os homens, e de 30,9 anos, para as mulheres. “Isso significa que, se eu me aposento aos 60 anos, posso ter mais ou menos 30 anos de vida pela frente sem compromisso com trabalho”, observou a coordenadora do Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI) da UFSC, Jordelina Schier. “É preciso compreender que aposentadoria não é sinônimo de vida improdutiva. O aposentado deve buscar motivação e entusiasmo para desenvolver novas competências e aproveitar as que já se tem”, acrescentou, durante palestra na qual apresentou as atividades desenvolvidas pelo NETI.