IFSC e Feeja realizam curso de formação para gestores de EJA
8. novembro 2013 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, Câmpus Caçador, Câmpus Canoinhas, Câmpus Chapecó, Câmpus Criciúma, Câmpus Florianópolis, Câmpus Florianópolis-Continente, Câmpus Garopaba, Câmpus Gaspar, Câmpus Itajaí, Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Câmpus Jaraguá do Sul-Rau, Câmpus Joinville, Câmpus Lages, Câmpus Palhoça Bilíngue, Câmpus São Carlos, Câmpus São José, Câmpus São Miguel do Oeste, Câmpus Tubarão, Câmpus Urupema, Campus Xanxerê, Eventos, Matérias, ReitoriaO IFSC e o Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Feeja) organizaram entre os dia 6 e 8 o Curso de Formação Continuada em Gestão de Políticas Públicas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), em Florianópolis, com o objetivo de incentivar a criação de fóruns regionais de EJA em Santa Catarina e as parcerias entre instituições para oferta dessa modalidade de ensino. Cerca de 70 gestores de 50 municípios, incluindo representantes de vários câmpus e da Reitoria do IFSC.
Na abertura do curso, na quarta-feira, dia 6, o diretor de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos do Ministério da Educação, Mauro José da Silva, falou sobre a importância da EJA para o combate ao analfabetismo no País. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que, em 2013, houve aumento no percentual de analfabetos na população brasileira na comparação com o ano anterior – de 8,6% para 8,7% -, a primeira vez que isso ocorre desde 2000. “Nosso esforço é maior do que os resultados que temos conseguido”, comentou.
Mauro da Silva destacou que o aumento do analfabetismo ocorreu principalmente entre pessoas que estão na faixa dos 30 aos 49 anos, público potencial da EJA – nas demais faixas etárias, diminuiu. Hoje o País consegue atender a apenas 4% da demanda por EJA, segundo o diretor. “É muito pouco”, lamenta. Há, no País, cerca de 66 milhões de adultos sem o ensino fundamental completo e quase 40 milhões não terminaram nem os quatro anos iniciais do ensino fundamental.
O diretor falou também sobre ações do MEC para incentivo e apoio EJA e sobre a participação da educação profissional na oferta dessa modalidade de ensino. O número de matrículas em EJA nas instituições de educação profissional era de 22.258 em 2008 e passou para 69.271 em 2011, com queda em 2012 para 59.952 matrículas. Para 2013, porém, o Educasenso aponta retomada do crescimento nos números, segundo Mauro, que destaca o Pronatec EJA como uma iniciativa para ampliar a oferta da Educação de Jovens e Adultos integrada à educação profissional. “A intenção é criar formas de articulação entre EJA e o mundo do trabalho, nos moldes do Proeja”, diz.
EJA no IFSC e em Santa Catarina
O curso de formação teve a participação de gestores da EJA de todas as regiões de Santa Catarina. Hoje o Feeja é o órgão que busca articular todas as instituições que oferecem essa modalidade de ensino no Estado, como um criado recentemente no Vale do Itajaí. “A ideia é que surjam mais”, afirma a coordenadora do Feeja, Rita de Cássia Gonçalves.
A coordenadora de Proeja do IFSC, Elenita Eliete de Lima, destaca que a participação e servidores dos câmpus do Instituto Federal no curso abre possibilidades de parceria com prefeituras e outros órgãos das diversas regiões do Estado para a oferta de EJA. Ela lembra que, de acordo com a resolução 11/2013 do Conselho Superior, a partir de 2014 o IFSC deve oferecer pelo menos 10% das vagas de ingresso para o Proeja e, por isso, parcerias com prefeituras e Estado serão importantes.
O Curso de Formação Continuada em Gestão de Políticas Públicas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi realizado no Hotel Baía Norte, no Centro de Florianópolis.