Câmpus Canoinhas tem pesquisa inédita no país e desenvolve estruturado de amora-preta
6. dezembro 2013 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Canoinhas, MatériasPara evitar o desperdício de frutas in natura e ser mais uma opção de renda para os produtores, especialmente os do Planalto Norte, um grupo de pesquisa do Câmpus Canoinhas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) desenvolveu o estruturado de amora-preta. O produto é único no país e pode ficar alguns meses nas prateleiras sem necessidade de refrigeração, sendo utilizado na produção de confeitos, de alimentos congelados ou até mesmo consumido na forma natural.
Segundo a professora e pesquisadora Ineuza Michels Marçal, a estruturação de polpa de frutas representa uma inovação na área de alimentos, com resultados bastante promissores. “São alimentos produzidos com matérias primas de baixo custo, oriundas de frutas que se encontram fora de classificação para comercialização in natura ou excedentes de produção durante o período de safra.”
Ineuza explica que o estruturado de frutas já é bastante difundido nos Estados Unidos. Em Canoinhas, a pesquisa começou no início do ano. “Esses produtos requerem um agente texturizante, geralmente o alginato puro ou em mistura com outros texturizantes, proporcionando textura adequada ao produto final.”
A pesquisa busca atender uma tendência do mercado consumidor por produtos mais saudáveis e de maior valor agregado. “As frutas estruturadas têm maior quantidade de polpa de fruta e uma quantidade mínima ou até sem açúcar, mantendo as características nutricionais e sensoriais por um período relativamente prolongado.”
Cadeia produtiva
Para a agroindústria, o processamento de frutos resulta em uma grande capacidade de agregação de valor ao produto. “Se o produtor rural conseguir se tornar menos dependente de intermediários e aumentar a vida útil de seus produtos, obterá um preço mais justo pelo seu trabalho, além de o consumidor final pagar um preço menor por um produto mais conveniente e de melhor qualidade.”
Além da professora Ineuza, cinco alunos do Curso de Técnico de Agroindústria contribuíram com a pesquisa: Aline de Lima; Karine Schindler; Milena Pires; Elizandra Alves de Souza e Andriele Durau.