Servidores do IFSC visitam liceus franceses
6. dezembro 2013 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Florianópolis-Continente, Câmpus Urupema, MatériasUm grupo formado por servidores dos câmpus Florianópolis-Continente e Urupema visitaram nos dias 13 e 20 de novembro liceus da área de turismo e hotelaria na França, numa atividade que envolveu capacitação dos servidores e fortalecimento da parceria entre o IFSC, os institutos federais de Brasília, Fluminense e do Tocantins e os liceus franceses de Paris, La Rochelle e Saint-Quentine-en-Yvelines, inclusive quanto a estágio de alunos e professores.
Os servidores do IFSC fizeram visitas técnicas a vinhedos e vinícolas nas proximidades de Paris e na região da Borgonha, acompanhados por professores dos liceus de La Rochelle e Saint-Quentin-en-Yvelines. A proximidade dos institutos federais com os liceus de hotelaria francesa começou em 2010 por meio de uma cooperação técnica entre os dois governos. A cooperação terminou formalmente em 2012, mas a parceria entre as instituições continua, com troca de experiências e intercâmbio de alunos e professores.
Um dos temas conversados foi sobre o destino adequado a insumos (alimentos e bebidas) que sobram do processo de aprendizagem dos estudantes em áreas como bebidas, gastronomia, panificação. Na França, os liceus de hotelaria são públicos, mas têm a prerrogativa de comercializar produtos produzidos nos seus cursos, de onde deve vir 32% de seu orçamento – o restante divide-se entre repasses do governo (55%) e impostos arrecadados pela indústria hoteleria (13%), como explica a diretora-geral Nelda de Oliveira.
A gestão da organização curricular nos cursos da área de turismo e hospitalidade na França também é diferente em relação ao Brasil. No país europeu, os cursos de mesmo nome (Hotelaria, por exemplo) têm a mesma organização curricular em todo o País, o que facilita a mobilidade dos estudantes. No Brasil, pode haver cursos com o mesmo nome, na mesma instituição e com organizações curriculares diferentes.
Os liceus franceses também trabalham, em média, com menos alunos por turma (proporção de aproximadamente oito alunos por professor, segundo Nelda) e começam a adotar a pedagogia da alternância em seus cursos. Essa metodologia, que surgiu na própria França para lidar com a educação no campo, intercala um período de convivência em sala de aula com outro nos locais de trabalho. O IFSC vai utilizar a pedagogia da alternância no curso técnico concomitante em Agropecuária, oferecido pelo Câmpus São Miguel do Oeste na cidade de Caibi, no Oeste do Estado.
Pelo Câmpus Florianópolis-Continente, participaram da viagem, além da diretora-geral, Nelda Plentz de Oliveira, e os professores Flavia Baratieri Losso e Jucelio Kulmann de Medeiros. Do Câmpus Urupema, os professores Evelise Zerger e Bruno Dalazen Machado.