Cresce número de intercambistas no IFSC
7. abril 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Gestão, MatériasAperfeiçoar um novo idioma, ampliar os conhecimentos e ter novas experiências. Não faltam motivos que estimulam cada vez mais estudantes a participarem de programas de intercâmbio no exterior. Quando essa participação é em grande parte custeada pelo Governo ou pela instituição, a vontade fica ainda maior. No Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), todos esses fatores estão contribuindo para um aumento no número de intercambistas que embarcam a cada ano para uma experiência acadêmica em outro País.
De 2012 para 2013, houve um crescimento de 86% no número de alunos do IFSC intercambistas. Na instituição, atualmente, é possível participar de programas de intercâmbio de duas formas: pelas bolsas oferecidas pelo Governo Federal por meio do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e pelo Programa de Cooperação Internacional para Intercâmbio de Estudantes do IFSC (Propicie). “A oferta ainda é maior para estudantes de cursos de graduação, mas nossa intenção é aumentar o número de bolsas para alunos dos cursos técnicos pelo Propicie”, adianta o coordenador de Assuntos Internacionais do IFSC, Julio Bragaglia .
O processo de internacionalização no IFSC começou em 2009 com o lançamento do primeiro edital do Propicie. Os primeiros intercambistas embarcaram em 2010. Nesse mesmo ano, foi criada a Coordenadoria de Assuntos Internacionais (Assint), responsável por fechar parcerias e organizar a ida e a vinda de estudantes para experiências acadêmicas. O pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Mário de Noronha Neto, explica que, com a criação do CsF, as instituições conseguiram investir mais no intercâmbio estudantil. “O Ciência sem Fronteiras foi fundamental para que mais alunos pudessem estudar em instituições estrangeiras, uma vez que ofertou milhares de bolsas para quem atendesse aos critérios estabelecidos nas chamadas públicas”, destaca.
Com o aumento na oferta de bolsas, o que o IFSC começou a sentir foi que o idioma era uma das principais barreiras para que os estudantes participassem dos programas. “O principal entrave está sendo a fluência em outro idioma, necessária para quem quer estudar fora”, afirma Noronha. Buscando resolver essa questão, o IFSC tem oferecido testes de proficiências para os alunos, auxílio financeiro para custear testes e cursos rápidos e pretende oferecer mais cursos extracurriculares no IFSC. “Ano passado, tivemos uma turma piloto no curso de Inglês no Câmpus São José e o projeto do curso está pronto para outros câmpus que quiserem ofertar”, conta o pró-reitor.
Em março deste ano, em parceria com a Pró-Reitoria de Ensino, a Assint realizou o Fórum de Ensino de Línguas do IFSC com o intuito de traçar novos rumos para o ensino de línguas na instituição. “No segundo semestre, receberemos um estagiário francês que permanecerá no País por nove meses e ministrará aulas de Francês para alunos e servidores do IFSC”, complementa Noronha.
O coordenador de Relações Internacionais também destaca outras ações do IFSC para incentivar mais alunos a se inscreverem nos programas de intercâmbio. “Temos feito palestras nos câmpus com intuito de conscientizar os alunos para a importância de uma experiência dessa natureza”, ressalta
Experiência que vale a pena
O estudante Gesiel Fortes, do curso Licenciatura em Ciências da Natureza com Habilitação em Física do Câmpus Jaraguá do Sul já está arrumando a bagagem para embarcar para a cidade de Royun no Canadá, onde ficará por 18 meses para fazer disciplinas do curso de Tecnologia da Engenharia Civil. Aos 21 anos, o jovem decidiu fazer intercâmbio para adquirir experiência em outro País, além de novos conhecimentos. “Minha expectativa quando chegar lá é conseguir me acostumar em uma nova cultura e hábitos e também obter conhecimentos que não adquiri no Brasil e que poderão ser úteis na vida profissional e pessoal”, afirma.
Quem já está no exterior, é só alegria. A aluna do curso de Engenharia de Telecomunicações do Câmpus São José, Jéssica Souza, está morando nos Estados Unidos desde o começo de março deste ano, onde estuda na Universidade de Nevada, em Reno. Aos 19 anos, é a primeira vez que a jovem sai do Brasil e mora sozinha. O programa de intercâmbio de Jéssica tem uma duração de 18 meses, incluindo um semestre de curso de inglês para aperfeiçoar o idioma, dois semestres para cursar disciplinas na faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação e mais três meses de estágio.
Até o momento, a aluna está achando a experiência maravilhosa. “Temos muito apoio aqui, o pessoal da cidade é super educado, o nível de inglês é tranquilo e os professores ajudam demais. Minha expectativa aqui era uma coisa, mas o que estou vivendo está superando tudo”, destaca.
Jéssica acredita que fazer um intercâmbio só irá agregar em termos pessoais e profissionais. “Sairei do intercâmbio completa: com proficiência em inglês, matérias que valorizarão meu currículo em engenharia e com experiencia profissional em uma empresa americana”, afirma.
O coordenador de Relações Internacionais do IFSC também destaca os benefícios de os alunos participarem de um programa de intercâmbio. “É uma experiência única na vida para aprender um novo idioma, uma nova cultura que se insere, um olhar diferente para a questões internacionais, em que é possível sentir na pele como se comporta uma sociedade diferente da nossa, questionar valores, além de estudar e aprender disciplinas em seu campo de estudo”, afirma.