Pesquisa do Câmpus Joinville será apresentada na Guatemala
11. abril 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Joinville, MatériasO perfil dos usuários do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do bairro Morro do Meio, em Joinville, foi tema de projeto científico do curso superior de tecnologia em Gestão Hospitalar do Câmpus Joinville do IFSC.
Com orientação da professora Andrea Heidemann, as alunas Letícia Helena Valle e Rosane Toderke Schmidt, da quinta fase, entrevistaram cerca de 200 famílias do bairro, coletando informações como faixa etária, condições econômicas, nível escolar, condições de moradia, saneamento básico e, principalmente, o grau de conhecimento e a satisfação acerca dos serviços oferecidos pelo CRAS.
O artigo resultante do estudo, “Política Pública de Assistência Social: uma aproximação com a realidade das famílias atendidas pelo CRAS- Morro do Meio em Joinville-SC”, será apresentado no Congresso Latinoamericano de Psicologia, dia 13 de maio na Cidade Antiga, Guatemala, pela professora Andrea e a aluna Letícia. “Eu nunca participei de um evento internacional. Será o reconhecimento acadêmico”, afirma Letícia, que espera conhecer culturas diferentes e participar da troca de experiência com estudiosos e profissionais da área.
A professora conta que o bairro Morro do Meio foi escolhido para ser tema do estudo por apresentar alto índice de vulnerabilidade social e por ser um dos primeiros de Joinville a receber o CRAS, implantado pela prefeitura. Também é um dos mais populosos, com cerca de 5 mil famílias cadastradas.
A aluna Rosane conta que foi preciso visitar as famílias, em casa, para coletar os dados. “Fizemos um mapeamento e fomos de casa em casa. Foi difícil, porque dos usuários com endereços cadastrados no CRAS, muitos já tinham se mudado”, conta. Segundo ela, as visitas em domicílio também serviram para conhecer a situação de moradia dos entrevistados e a infraestrutura do bairro.
Alguns dados levantados pelo estudo foi a baixa escolaridade das famílias e alto índice de pessoas idosas, crianças e pessoas com deficiência. As pesquisadoras também concluíram que a maioria dos moradores não conhece todos serviços oferecidos pelo CRAS. “Os dados coletados apontam alguns indicadores importantes, tais como o não reconhecimento da assistência social enquanto direito”, destaca o estudo.
Segundo a professora, os dados coletados poderão servir de embasamento para a adoção de programas e projetos condizentes com a realidade da comunidade local, como preconiza a Política Nacional de Assistência Social, que deu origem aos CRAS.