Você sabia que todos os que medicamentos têm prazo de validade? E o que fazer com aqueles remédios que já perderam a validade? Medicamentos e suas embalagens podem ser descartados no lixo comum? Cerca de 80 agentes municipais de saúde de Jaraguá do Sul tiraram essas e outras dúvidas numa palestra ministrada por cinco estudantes do curso técnico integrado em Química do Câmpus Jaraguá do Sul, realizada na última sexta-feira (9). A atividade fez parte do projeto de extensão “Descarte de medicamentos vencidos no município de Jaraguá do Sul-SC”, apoiado pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Segundo o professor que coordena o projeto, Júlio Bortolini, o objetivo do projeto é conscientizar e orientar a população para o descarte correto de medicamentos em Jaraguá do Sul. “A atividade de sexta-feira serviu para sensibilizar os agentes comunitários de saúde da família para a importância da participação deles no projeto. É fundamental que, ao visitarem as famílias, os agentes orientem a população sobre o descarte correto não só dos medicamentos vencidos, mas também daqueles que ‘sobraram’ depois do término do tratamento”, explica.

A necessidade de conscientizar a população sobre o tema foi percebida ainda em 2013, quando o grupo de estudantes realizou uma pesquisa com cerca de 600 moradores do município e percebeu que a grande maioria não sabia como encaminhar os medicamentos vencidos ou as sobras de remédios. “Cerca de 88% dos participantes da pesquisa não sabia como dar um fim adequado a este tipo de material”, conta Camila Cecilia Castro, uma das bolsistas do projeto.

Os medicamentos vencidos e as sobras podem ser descartadas, em Jaraguá do Sul, nos postos de saúde públicos e em farmácias particulares que ofereçam o serviço de coleta. Entre os riscos do descarte inadequado estão, por exemplo, a contaminação do solo e de afluentes, além da consequente contaminação dos animais e vegetais que têm contato com o local contaminado.

Entre os riscos de se manter medicamentos vencidos em casa está a intoxicação. “Ter remédio disponível em casa pode levar as pessoas a se automedicarem, correndo o risco de se intoxicarem. Esta intoxicação também pode ocorrer involuntariamente, como é o caso de crianças que, por desconhecimento ou por brincadeira, acabam ingerindo as substâncias”, explica o coordenador do projeto.

Com o apoio da Prefeitura de Jaraguá do Sul, os alunos reuniram os agentes municipais de saúde e explicaram as maneiras adequadas de descarte. “Como nós estamos acostumados a apresentar nossos trabalhos em bancas durante o curso, achei tranquilo falar para o grupo de agentes da prefeitura. Foi muito bom perceber que tivemos tranquilidade para explicar o assunto para eles”, conta Eduardo Haffemann, outro estudante que integra a equipe.

A próxima ação do projeto será a disponibilização de dez urnas em postos de saúde para coletar medicamentos descartados, além da divulgação de informações por meio de cartazes e de flyers distribuídos à população. Clique aqui e confira a cartilha de orientações produzida pelos estudantes.

Confira quem são os integrantes do projeto:

– Adelli Saramento Lentz (estudante da 6a fase – bolsista)

– Camila Cecilia Castro (estudante da 6a fase – bolsista)

– Carla Karine Bortoli(estudante da 6a fase – bolsista)

– Eduardo Hafemann (estudante da 6a fase – voluntário)

– Augusto Felippe da Silva (estudante da Escola Estadual Abdon Batista – voluntário)

– professor Júlio Eduardo Bortolini (coordenador)