O Instituto Federal de Santa Catarina realizou esta semana atividades que fizeram parte da programação oficial da 12ª Semana de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Entre as atividades, está o 2º Seminário da Semana de Museus do IFSC, realizado nesta quinta-feira (15), no período da tarde, no auditório da Reitoria.

A abertura do evento contou com a participação da reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider; da Diretora de Extensão, Fabiana Amaral; e da coordenadora do evento, Sandra Guimarães. A reitora lembrou da criação do Centro de Memória do IFSC, iniciada há um ano. “Foi o início de processo trabalhoso, mas todos nós temos interesse em resgatar e preservar a memória da instituição”, disse Maria Clara.

O seminário contou com três palestras, uma debate e duas exposições, todos relacionados ao tema “Coleções criam conexões”, escolhido pelo próprio Ibram. Na primeira palestra, “Todas essas velharias têm um valor moral: a arte de colecionar”, Fernando Boppré questionou o tema escolhido pelo Ibram para o evento e afirmou que itens de coleção nem sempre criam conexões, citando o exemplo de uma mulher que virou item de coleção no século passado.

A psicanalista Cinthia Busato abordou o tema “Conexões: como barrar a torrente insuportável das futilidades diárias”, falando sobre a enxurrada de conteúdos a que somos expostos na internet. Já Thainá Castro palestrou sobre “Museus e os desafios do colecionismo na contemporaneidade”, e explicou todo o conceito de colecionismo e o que motiva uma pessoa a colecionar.

Após as palestras, foi realizado um bate-papo sobre as exposições do evento: coleção particular de discos de vinil da família da servidora Ana Lúcia Machado e Serie Circo, do artista plástico Hassis. Essa última ficará exposta na Reitoria até a próxima sexta-feira (23). De acordo com a coordenadora do evento, no próximo mês será realizado um outro encontro sobre vinis. “Assim todos poderão se programar e trazer seus discos para uma conversa sobre o tema”, conta.

Câmpus Caçador

Os alunos do Câmpus Caçador visitaram, nos dias 12 e 14 de maio, o Museu do Contestado, onde conheceram a exposição “Registrando saberes: onde nasce nossa identidade”. A mostra, que já esteve em outros municípios, foi realizada em parceria com o Museu Histórico de Pinhalzinho e com o Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (Ceom), mantido pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó).

Composta de fotos e objetos, a exposição procurou mostrar os fazeres, saberes e dizeres dos antigos benzedores e benzedeiras do Oeste catarinense, além de retratar os costumes dos moradores mais antigos da região.

Para a professora Daiane Toledo, membro do grupo de trabalho que irá compor o Centro de Memória do IFSC, as visitas foram muito interessantes e incentivaram os alunos a conhecer diversos aspectos da cultura regional. “A exposição mostrou, por exemplo, rezas e ervas usadas por curandeiros, um resgate da sabedoria popular antiga”, disse ela.

Segundo a responsável pela área de comunicação do Câmpus Caçador, Ana Carolina Rodriguez, atividades como essa fazem com que o IFSC cumpra sua missão. “Nossos alunos devem sempre ter a oportunidade de participar de ações de extensão com a comunidade, adquirindo assim informações que irão prepará-los para o mercado de trabalho com uma bagagem de cultura e cidadania”, disse.

Câmpus São Miguel do Oeste

O Câmpus São Miguel do Oeste organizou a visita dos alunos ao Museu Rural de Guaraciaba, considerado como um dos maiores acervos rurais da América Latina. Também foi realizada uma exposição de maquetes referentes às Maravilhas do Mundo Antigo; apresentação de documentários relacionados aos conflitos geopolíticos contemporâneos, produzidos pelos alunos do 7º módulo do curso técnico integrado em Agroindústria; e uma palestra com o aluno Diego Dalsotto, do curso técnico concomitante em Agroecologia, sobre a História de Ocupação do Extremo Oeste Catarinense.