Mostra de Games é boa oportunidade para futuros profissionais e empresas
5. junho 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Caçador, Câmpus Florianópolis, Eventos, Matérias, ReitoriaProgramação, em teoria, é cálculo. Lógica. Raciocínio. Concentração. Logo, deve ser chato de aprender, certo? Não necessariamente. E a prova disso são os cinco alunos do Câmpus Florianópolis, que descobriram uma forma não apenas divertida de programar, mas que pode trazer bons frutos no futuro.
“Estava fazendo a disciplina de programação para computador e a proposta final era fazer um jogo. É diferente de um projeto convencional, como uma biblioteca, uma calculadora, o jogo é algo que eu vou querer usar depois. É um projeto que vai cativar mais quem está trabalhando”, conta Johann Schmitdinger Vieira, aluno da quinta fase do curso técnico em Eletrônica.
O game de Johann é um dos que mais chama a atenção pelo tema inusitado: em uma festa, o jogador mergulha nachos em molho picante, mas os convidados reclamam e começam a atirar objetos. O objetivo é obter nachos de um lado da tela, mergulhá-los em molho no outro lado, e, no caminho desviar dos projéteis jogados pelos convidados. “Eu estava no McDonald’s, comendo nuggets. Aí relacionei os nuggets com molho barbecue e com os nachos e surgiu mais ou menos a ideia”, conta o estudante. “Foi baseada em algo que eu gostasse, além do jogo não ter nenhum tipo de violência, nem restrição para qualquer idade”, afirma o aluno.
Outro destaque é o Super Floripa Surfin’, desenvolvido por Rodrigo Garcia, aluno da 7ª fase, também do técnico em Eletrônica. O jogo se passa em uma ambiente conhecido dos alunos do câmpus: a Avenida Hercílio Luz, paralela ao prédio do IFSC na Avenida Mauro Ramos. “Quis inserir no game um cenário daqui de Floripa para que as pessoas pudessem se ver no jogo. A ideia é de que todo mundo que se interesse em jogar tenha facilidade nos controles e entenda do que se trata”, explica Rodrigo. Durante o trajeto pela avenida, o surfista jogador tem que desviar de caixas, coletar moedas e fazer a maior pontuação possível.
A Mostra de Games integra o II Fórum Ciência, Tecnologia e Sociedade (Fórum CTS), realizado de 4 a 6 de junho no Câmpus Florianópolis e na Reitoria. Na Avenida Mauro Ramos, além da Mostra de Games, foram oferecidas duas oficinas: Desenvolvimento de Games Multiplataforma, e National (apresentação e discussão do uso de tecnologias educacionais).
“Esse ano o Fórum tem como tema os objetos de aprendizagem. Então os games entram como uma ferramenta e, no caso específico aqui do Câmpus, entrou como uma ferramenta para aprendizagem de programação”, diz o professor Fernando Pacheco. Johann concorda: “O jogo não tem limites, o que você quer, você faz, então, dando um jeito ou outro, você vai programando e aprendendo cada vez mais coisas. E se divertindo bastante”, conta, rindo.
E, para quem já está no mercado, a mostra também é uma oportunidade única. “A importância de participar de uma mostra dessa é você entrar em contato com outros desenvolvedores e também entrar em contato com os que estão aprendendo. Você pega pessoas que são ainda cruas no mercado de trabalho, mas que podem aprender rápido. E é bom já mostrar quem é você, quem é sua empresa, para elas irem até vocês depois, ou você conhecê-las”, afirma o game designer Caio Lopes, da empresa Cat Nigiri.
Além dos alunos do Câmpus Florianópolis e da Cat Nigiri, participaram também da mostra alunos do Câmpus Caçador e as empresas Palmsoft, SC Games – Projeto Novos Talentos e Contexto Digital.
Clique aqui e assista à matéria produzida pela TV IFSC sobre a Mostra de Games.