Reitores discutem articulação para oferta de novos cursos em SC
11. junho 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: MatériasArticular a criação de novos cursos técnicos e superiores sem que haja sombreamento e prevendo, quando possível, a verticalização das ofertas foi um dos assuntos discutidos na última quinta-feira (5) na reunião do Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Santa Catarina, que reúne os dirigentes dos institutos federais de Santa Catarina (IFSC) e Catarinense (IFC) e das universidades do Estado de Santa Catarina (Udesc), Federal de Santa Catarina (UFSC) e Federal da Fronteira Sul (UFFS). Essa articulação deve ser incrementada a partir da constituição de um fórum específico que reúna os pró-reitores de ensino de graduação das cinco instituições, proposta debatida e aprovada pelos reitores durante o encontro.
Juntas, as cinco instituições atuam diretamente em mais de 80 municípios catarinenses. A ideia é planejar a expansão da oferta de cursos por meio do mapeamento da situação atual de cada instituição e da previsão de novas ofertas, evitando o chamado sombreamento (oferta do mesmo curso, na mesma região, por instituições diferentes) e favorecendo a verticalização (oferta de cursos afins em diferentes níveis de ensino, ampliando as possibilidades formativas).
A reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider, afirmou que a elaboração dos Planos de Ofertas de Cursos e Vagas (POCV) dos câmpus já está sendo feita levando em conta as ofertas das outras instituições que atuam em cada região. “Essa articulação é importante para que não se sobreponham ofertas nem se dupliquem esforços e recursos públicos”, disse Maria Clara, que lembrou a negociação recente com a Udesc sobre a oferta do curso de Engenharia Civil no Oeste. Como o curso já estava no POCV do Câmpus São Carlos do IFSC, os reitores acordaram que a oferta ficaria com o instituto federal e a Udesc abriria a oferta de Direito na unidade de Palmitos, município vizinho a São Carlos. “Esse tipo de acordo é muito produtivo, porque dessa forma nós otimizamos as nossas ofertas em cada região”, afirmou a reitora.
O reitor da Udesc, Antonio Heronaldo de Sousa, afirmou que a universidade tem uma série de projetos de cursos novos já finalizados, e que para a decisão sobre quais deles serão implantados a discussão sobre o sombreamento é importante. “Por isso o próximo passo do nosso mapa pode ser a inclusão das ofertas futuras, para se ter um raio-x tanto de possíveis sombreamentos quanto de parcerias”, afirmou o reitor.
Sisu
A ampliação da oferta de vagas em cursos superiores pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi outro assunto discutido entre os reitores. Das cinco instituições representadas no Fórum, apenas a UFSC ainda não aderiu ao sistema. De acordo com o chefe de gabinete da Reitoria da instituição, Carlos Antônio Oliveira Vieira, os câmpus do interior do estado são receptivos à ideia do ingresso via Sisu, mas em Florianópolis o contexto é diferente. “A Câmara de Graduação já sinalizou que vai manter apenas o vestibular este ano, mas a partir do próximo pode começar a adesão ao Sisu nos câmpus fora de Florianópolis”, afirmou.
O IFSC destina 70% das vagas dos cursos de graduação no primeiro semestre de cada ano para ingresso via Sisu. Na UFFS, que já extinguiu o ingresso via vestibular e adota o Sisu para 100% das vagas, o índice de matrículas melhorou, de acordo com o reitor Jaime Giolo. No IFC, a adesão será total a partir de 2015. “Eu vejo os 100% Sisu como um caminho sem volta”, disse o reitor Francisco José Montório Sobral. Na Udesc, 25% das vagas são preenchidas por meio do sistema e estão sendo feitos estudos para avaliar a ampliação do percentual, de acordo com o reitor Antonio Heronaldo de Sousa. “Para nós é importante conhecer a posição e as experiências das outras instituições, porque lidar com as duas formas de oferta [vestibular e Sisu] é trabalhoso e complexo”, disse a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider. Para ampliar a discussão sobre o assunto, os reitores devem participar, no próximo dia 26 de junho, na UFSC, de uma reunião com a coordenadora geral de Projetos Especiais para a Graduação do Ministério da Educação, Lilian Carvalho do Nascimento.