Participantes discutem os desafios do empreendedorismo no Emodatex
27. junho 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, Eventos, MatériasDebater os principais desafios de criar e administrar uma empresa na área têxtil ou de vestuário foi o objetivo da mesa-redonda “Empreendedorismo na área têxtil: desafios e estratégias”, realizada na noite de quarta-feira (25). A atividade fez parte da programação do Encontro de Moda e Têxtil, realizado pelo Câmpus Araranguá do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Foram convidados para participar da mesa proprietários de empresas do ramo do vestuário e um representante da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), órgão que representas as empresas brasileiras do setor têxtil e de vestuário. Estavam presentes, Simone Pintor Papst, da Miss Mammy; Waldir Eschberger Neto, da Cidró; Dilcéia da Silva, da D’Amore; e Haroldo Silva, da ABIT. O debate foi mediado pela professora Aline Hilsendeger Pereira de Oliveira.
As principais questões levantadas pelos proprietários das empresas durante o debate foram a falta de mão de obra especializada, a informalidade, os baixos salários e a alta carga tributária. “O problema é que, no Brasil, o funcionário ganha pouco e custa caro. Precisamos melhorar a remuneração dos profissionais do setor para que bons profissionais queiram trabalhar na área”, disse Haroldo.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo empreendedor, todos os participantes foram unânimes em relação à realização profissional. “Não existe sensação melhor do que chegar onde você queria. Mesmo que você trabalhe muitas horas por dia, inclusive finais de semana, tudo bem, porque é aquilo que você realmente gosta de fazer”, disse Simone. “A verdade é que se trabalha em dobro, mas a satisfação também vem em dobro. Não devemos fazer nada pensando no lucro. Faça seu trabalho com amor que o dinheiro será consequência disso”, completou Wagner.
Egressa do IFSC
Dilcéia da Silva, proprietária da confecção D’Amore é ex-aluna do Câmpus Araranguá. Ela ingressou na primeira turma do curso técnico em Malharia e Confecção, em 2007. Dilcéia já tinha a empresa desde 2002 e conta que, depois de fazer o curso, teve condições de profissionalizar ainda mais o seu negócio. “Eu não tinha nem noção de como calcular um custo. Mudei muitas coisas na empresa, desde a iluminação e a disposição das máquinas até a criação de novos modelos. Agora sei como pesquisar e buscar inspiração para minhas peças. Antes eu só copiava modelos prontos”, conta.
Após a mesa-redonda, Haroldo fez uma palestra em que mostrou aos participantes o panorama da indústria têxtil no Brasil. Ele trouxe dados que mostram a importância do setor para a economia do país e apresentou os programas realizados pela ABIT. O economista apresentou também detalhes sobre o Regime Tributário Competitivo para a Competição (RTCC), uma proposta de tributação diferenciada para as empresas do setor, já encaminhada ao Ministério da Fazenda.