Curso técnico proporciona entrada mais rápida no mercado de trabalho
30. junho 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: MatériasDaniel Maia Pereira formou-se no curso técnico em Plástico no Câmpus Caçador do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) em 2012.Durante o curso, participou de visitas técnicas em que conheceu o funcionamento de empresas da área. Logo na primeira empresa que foi, soube que estavam interessados em contratar técnicos. O jovem não perdeu tempo e entrou no programa de estágio do IFSC. Antes mesmo de concluir o curso, já estava empregado. “Quando eu comecei a trabalhar na empresa como estagiário, o meu contrato era de seis meses. Depois de um mês, eu já fui efetivado”, conta.
O ingresso mais rápido no mercado de trabalho foi apontado como uma das principais razões para 53% dos brasileiros que motivam a fazer um curso profissional. O dado faz parte de um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendado ao Ibope. De acordo com o estudo divulgado neste ano, 90% dos entrevistados acreditam que pessoas com formação em curso técnico têm mais oportunidades no mercado de trabalho.
O que leva as empresas a contratarem os recém-formados é justamente a qualificação profissional adquirida pelos egressos dos cursos técnicos. Conforme a pesquisa, 74% dos brasileiros consideram que o aluno de um curso profissional é bem ou razoavelmente preparado para o mercado de trabalho. Para o diretor de ensino do IFSC, Paulo Wollinger, à medida que os cursos técnicos vêm aumentando a oferta e a formação de técnicos, o mercado de trabalho começa a perceber a presença e a qualidade desses técnicos. “Hoje, com o maior número de egressos da educação profissional, eles acabam se destacando no setor produtivo, fazendo com que os demandantes do setor produtivo comecem a exigir maior qualificação profissional e aí a gente desencadeia um círculo virtuoso”, explica.
O diretor também destaca que, ao fazer um curso técnico, a remuneração oferecida aos trabalhadores tende a aumentar. “A remuneração aumenta substancialmente com o curso técnico, principalmente nas cidades do interior do estado, onde não havia formação profissional alguma”, enfatiza. Segundo Wollinger, a presença do IFSC, com as qualificações e com os cursos técnicos começa a mudar a mentalidade das pessoas. “A presença desses profissionais começa a criar exigências profissionais. Assim, temos riqueza profissional maior, produtividade maior, melhorando a questão socioeconômica do País”, completa.
No caso de Daniel, foi exatamente isso que ocorreu. “Fui efetivado com um salário um pouco acima da maioria dos funcionários pelo diferencial de estar cursando o técnico em Plásticos. Assim que terminei, a minha remuneração teve um aumento condizente à minha especialização”, destaca.
A pesquisa apontou nessa direção e mostrou que a percepção do brasileiro é que o trabalhador com certificação profissional tem não apenas melhores oportunidades de trabalho, mas também de salário. Para 82% dos entrevistados, quem faz um curso técnico possui uma remuneração maior do que quem não possui certificação.
Hoje com 20 anos e trabalhando como analista de Pesquisa e Desenvolvimento de uma empresa de embalagens e laminados plásticos de Caçador, Daniel diz que fazer o curso técnico foi uma das melhores escolhas que fez. “Achei o curso foi excelente, focado em formar profissionais aptos para o mercado de trabalho”, conta.
O jovem gostou tanto de fazer um curso técnico que decidiu voltar ao IFSC. Atualmente, é aluno do curso técnico em Administração.”Decidi fazer outro curso no Instituto porque conheço o método de ensino e sei o quão preocupados os professores são em fazer com que cada aluno adquira o conhecimento necessário para aplicar em sua organização o que foi aprendido em sala de aula”, destaca.