A primeira edição do programa de extensão Mulheres Sim, que está com inscrições abertas até o dia 20 de julho, irá atender 240 alunas em todo o estado. Estão sendo ofertadas 30 vagas em cada um dos oito câmpus que participam do piloto do programa: Caçador, Canoinhas, Criciúma, Lages, Joinville, Gaspar, Itajaí e São Miguel do Oeste.

O programa Mulheres Sim é formado por três etapas: a oferta do curso de extensão “Educação e Gênero”, a realização de uma Feira de Economia Solidária e a Avaliação das Egressas. O curso terá carga horária de 80h, sendo 62h padrão para todos os câmpus (composta por sete disciplinas: Conhecimento histórico-cultural, Saúde da mulher e da família, Ética e cidadania, Linguagens, Informática, Desenvolvimento social e sustentável, e Vivência matemática), e 18h destinadas à geração de renda. Segundo a Diretora de Extensão, Fabiana Amaral, a parte de geração de renda será diferenciada de um câmpus para outro. “Essa oferta será articulada com os grupos locais de economia solidária, estimulando diversas formas de empreendedorismo e associativismo”, explica. A servidora Silvana Frigotto auxiliará os câmpus na identificação desses grupos e na realização das feiras de economia solidária, que serão realizadas após o término do curso, em data e local a serem definidos pelos próprios câmpus. “A realização da feira será um momento para as alunas socializarem o que estiverem produzindo e também gerarem renda”, conta Silvana.

Já a fase de avaliação das egressas acontece após a feira, em dezembro,  e fará um acompanhamento das alunas, a fim de medir o impacto do programa na vida delas.

Saiba mais sobre o programa

A assistente social responsável pelo programa, Ania Tamilis Silva, conta que a ideia surgiu no ano passado, quando o IFSC foi informado que, a partir de 2014, o Mulheres Mil estaria vinculado ao Pronatec. “Era um momento de incertezas porque precisaríamos continuar oferecendo oportunidades às mulheres. Alguns câmpus possuem lista de espera para o programa e muitas delas não se enquadram no perfil do Pronatec”, conta. Segundo Ania, o programa foi pensado em articulação com as gestoras do Mulheres Mil dos câmpus do IFSC.

O Mulheres Sim irá atender, prioritariamente, mulheres sem escolaridade ou com ensino fundamental incompleto, em situação de vulnerabilidade social, maiores de 18 anos e moradoras de comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano, de forma complementar ao programa Mulheres Mil Pronatec.

Ania explica ainda que o objetivo principal do Mulheres Sim é institucionalizar e valorizar um programa com recorte de gênero. “Temos hoje poucos espaços para trabalhar com esse público específico”, lembra. Além disso, assim como o programa Mulheres Mil Pronatec, o Mulheres Sim também ajuda na divulgação do IFSC e incentiva as alunas a voltarem aos estudos.