O documentário “Janeiro 27” é um relato comovente e sensível de sobreviventes e familiares de vítimas do incêndio na boate Kiss, que vitimou 242 pessoas em Santa Maria, RS, dia 27 de janeiro de 2013. Alunos e servidores do IFSC terão a oportunidade de assisti-lo dia 3 de setembro, às 15h, no Câmpus Gaspar, durante o Seminário de Pesquisa, Extensão e Inovação do IFSC (Sepei 2014).

O filme foi dirigido por Paulo Nascimento e Luiz Alberto Cassol, que estará presente em Gaspar e vai participar de um debate após a exibição do documentário, juntamente com o presidente da Associação das Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira.

Essa é a primeira exibição da versão final do documentário após o Festival de Gramado, em 11 de agosto. O pró-reitor de Extensão e Relações Externas, Golberi de Salvador Ferreira, informa que os diretores de todos os câmpus receberão o link do documentário para exibi-lo, de preferência no mesmo horário do evento em Gaspar. “É um privilégio muito grande ter a exibição desse documentário em primeira mão, pela confiança que os diretores tiveram em nós”, afirma Golberi.

O diretor Luiz Alberto Cassol conta que ele e Paulo Nascimento foram convidados pelos próprios pais da AVTSM, pela afinidade que os dois têm com Santa Maria, por já terem morado lá. Como tema principal, fizeram um paralelo entre a tragédia de Santa Maria com dois acontecimentos semelhantes, nos quais morreram centenas de pessoas na boate The Station, em Rhode Island, Estados Unidos, em incêndio ocorrido em 2003, e na boate Cromañón, em Buenos Aires, Argentina, em 2004. A partir daí o documentário ganhou seu caráter de alerta: “é difícil entender como tragédias tão semelhantes ocorreram. As três foram em locais fechados, com shows pirotécnicos. Então fizemos o documentário para que essa a tragédia não caia no esquecimento. Dois acontecimentos semelhantes, que aconteceram quase 10 anos antes, foram esquecidos, e então se repetiram”, afirma Cassol.

O contato com os diretores do filme foi realizado pela professora de Artes do Câmpus Florianópolis, Gisele Cesconetto, que conheceu Cassol pelo seu envolvimento com atividades de Cineclubismo. Ela conta que o objetivo do documentário não é comercial, mas dar visibilidade à tragédia e servir de alerta para frequentadores de shows e baladas. “Por isso vamos fazer o lançamento no IFSC, por ser uma oportunidade de estarmos próximos da juventude”, destaca Gisele.

Segundo Cassol, o documentário será exibido ao maior número possível de escolas, instituições, festivais, salas de cinemas e cineclubes, porém, sempre com a anuência da associação de pais das vítimas. “O documentário é dos pais, é eles que devem usá-lo. Fazer um alerta sobre o que aconteceu também é uma forma de homenagear seus filhos”, completa.

Assista ao trailler do filme: