Captação de recursos para a pesquisa é assunto de mesa no Sepei
3. setembro 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Eventos, MatériasA mudança na institucionalidade do IFSC, que enquanto Instituto Federal passou a ter também a finalidade de realizar pesquisa aplicada, foi um dos fatores preponderantes para a ampliação da atividade de pesquisa na instituição. Essa foi uma das análises feitas durante a mesa redonda “Captação de recursos e parcerias para a pesquisa, extensão e inovação”, realizada ontem no auditório do Câmpus Gaspar, dentro da programação do 4° Seminário de Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepei 2014).
Com 23 anos de docência no IFSC e 12 anos como pesquisador da instituição, Roberto Alexandre Dias, que coordena o Grupo de Sistemas Embarcados e Distribuídos (NERsD) do Câmpus Florianópolis, afirma que a recente regulamentação da pesquisa e da extensão foi determinante para que o IFSC ampliasse sua atividade nessas áreas. “Isso deu segurança para os pesquisadores tentarem saltos mais altos, estabelecerem parcerias e buscarem fomento junto a empresas. Além disso, com os programas de fomento passou a ser possível desenvolver de maneira mais efetiva as atividades de pesquisa”, disse, destacando que o investimento em bolsas é essencial para o desenvolvimento da pesquisa aplicada. “O professor não realiza nada sozinho. Quem faz a pesquisa são os alunos, eles são os geradores de conhecimento. Para a pesquisa aplicada é preciso de recursos e de pessoal, e os editais tornaram isso possível”, acrescentou.
Marcos Moecke, professor do Câmpus São José, destacou que o IFSC tem a característica de fazer pesquisa em vários níveis de ensino, não apenas na pós-graduação, e que o perfil dos cursos ofertados na instituição amplia o potencial para a realização de parcerias com empresas. Ele ponderou que, mesmo assim, ainda se faz pouca pesquisa no IFSC. “Em São José, por exemplo, nós tempos dez projetos de pesquisa em telecomunicações, um número pequeno se considerar que somos 30 professores”, exemplifica. Para Roberto Dias, ainda não há uma cultura de pesquisa consolidada na instituição. “Nossa vocação para a pesquisa é recente, e a perspectiva é que isso mude com a regulamentação”, considera.
Também participaram da mesa redonda os professores Ana Paula de Lima Veeck, do Câmpus Lages, Samuel Luna de Abreu, do Câmpus São José, e Mathias Schramm, do Câmpus Itajaí, além de Luiz Henrique Carlson, chefe do Departamento de Inovação Tecnológica e Assuntos Internacionais, que fez a mediação dos trabalhos.