Laide Vitorino encontrou no trabalho coletivo uma fonte de renda.

A atuação do IFSC para o desenvolvimento da economia solidária também fez parte do Sepei 2014, no Câmpus Gaspar. Foram realizados a Feira da Economia Solidária e o II Encontro da Economia Solidária – Conquistas e Desafios.

Alunas dos programas Mulheres Mil – Pronatec e Mulheres Sim, do Câmpus Gaspar, promoveram a Feira de Economia Solidária no térreo do Bloco 3, nos dias 3 e 4 de setembro. Peças de artesanato e alimentos produzidos por alunas e ex-alunas dos cursos de Educação e Gênero, Panificação e Confeitaria e Reciclador chamaram a atenção dos participantes do Sepei 2014.

A Associação Gaspar Arte também participou da Feira. A artesão Laide Davi Vitorino foi uma das participantes. Para ela, “o espaço da escola e uma coisa divina. A universidade é o povo, não é uma ostrinha, precisa ser aberta à comunidade”. Desde 2004 Laide participa de espaços de economia solidária. Em 2011, participou de diversos cursos e, junto com os colegas, conseguiu legalizar a Associação Gaspar Arte. Várias associadas já participaram de cursos Mulheres Mil – Pronatec, o que segundoLaide está ajudando a capacitar as artesãs. Como resultado, ela verifica o aumento de renda e, por consequência, da autonomia e da autoestima das mulheres.

Laide também participou do II Encontro de Economia Solidária. A artesã acredita que as escolas e as universidades precisam ouvir as pessoas e suas necessidades. “As universidades têm uma linguagem acadêmica que muitas pessoas não entendem. Gostei de um senhor que falou que é preciso perguntar para as pessoas o que elas precisam”, completa. Durante o encontro, além de integrantes de iniciativas de economia solidária, participaram servidores e alunos do IFSC. O objetivo foi debater o fortalecimento das ações no Instituto.

II Encontro de Economia Solidária

O II Encontro foi mediado pelo professor Paulo Stanke, do Câmpus Gaspar, que apresentou um histórico da atuação do Instituto. A articuladora de Economia Solidária no IFSC, Silvana Frigotto, explica que a economia solidária já faz parte da política institucional da Pró-reitoria de Extensão e Relações Externas. O IFSC participa de fóruns de economia solidária, em âmbito nacional e regional, além de ações específicas nos câmpus. O Câmpus Gaspar, por exemplo, atua em conjunto com a Rede de Economia Solidária do Vale do Itajaí. “Queremos mostras aos alunos e servidores que existem outras formas de empreendedorismo, de forma inclusiva”, completa Silvana.

Feira reuniu produtos de alunas e ex-alunas do Mulheres Mil – Pronatec e Mulheres Sim de Gaspar

O coordenador institucional de Articulação de Políticas Sociais, Douglas Juliani, explica que a economia solidária fazem parte do currículo dos cursos Mulheres Mil – Pronatec e Mulheres Sim. As feiras são “a ponta do iceberg” de um trabalho realizado durante todo o curso. É na organização e participação nas feiras que as mulheres colocam em prática os conceitos de empreendorismo, planejamento, autonomia, autogestão, meios de complementar a renda com o trabalho em conjunto. Segundo ele, a atuação do Instituto na economia solidária pode avançar para outras ações, como prestar assessoria jurídica e administrativa a grupos que queiram criar empreendimentos solidários.