Curso de Formação de Formadores inicia aulas em Capivari de Baixo
19. setembro 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Tubarão, MatériasO Câmpus Tubarão e o Centro de Referência em Formação e EaD do IFSC estão oferecendo o curso de Formação de Formadores para 40 professores da rede municipal de ensino de Capivari de Baixo. O curso de Formação Inicial Continuada (FIC) terá duração de três meses e será realizado na Escola Municipal Dom Anselmo Pietrulla.
A aula inaugural do curso, realizada no dia 16 de setembro, contou com a presença da diretora do Câmpus Tubarão, Rita de Cássia Flôr, do prefeito de Capivari de Baixo, Moacir Rabelo da Silva, e da secretária de educação do município, Márcia Cargnin. “Essa é a terceira turma do curso de Formação de Formadores oferecida na região, há outras turmas em Tubarão e Santa Rosa de Lima. A capacitação de professores também faz parte da missão do IFSC e sabemos que cursos como esse podem contribuir de fato para a melhoria da educação básica”, afirma a diretora do Câmpus, Rita de Cássia Flôr.
O prefeito de Capivari de Baixo, Moacir Rabelo da Silva, também falou sobre a importância do curso para a região. “Nós já temos uma parceria com o IFSC para a oferta de cursos do Pronatec que tem dado tão certo que nós queremos dar continuidade a esse trabalho, porque isso tem trazido grandes benefícios para a cidade. O curso de Formação de Formadores atende a uma necessidade da prefeitura de promover a capacitação dos professores da rede municipal”.
A professora do curso de Formação de Formadores Maria Terezinha Caetano explica que as dificuldades de aprendizagem mais comum são dislexia, disgrafia e discalculia em que os alunos apresentam dificuldades de leitura e compreensão de texto, de escrita ou mesmo de realizar cálculos. Segundo a professora, os casos de déficit de atenção também são bastante recorrentes e acontecem quando o aluno apresenta dificuldades para se concentrar nas aulas. “A proposta do curso é orientar as professoras a como identificar essas dificuldades e como elas devem trabalhar para auxiliar os alunos. Em muitos casos, é preciso pensar em atividades diferenciadas, mas é preciso ter muito cuidado para não excluí-los ou estigmatizá-los. Um dos conselhos que eu sempre dou para as professoras é colocar esse aluno que tem dificuldades para estudar junto com um outro aluno que não tenha. Em muitos casos, eles conseguem aprender melhor com um colega”.
Kelly Pascoal é professora da Escola Municipal Stanislau Gaidzinski Filho e trabalha com alunos do primeiro do Ensino Fundamental. Ela conta que no dia a dia de aula o professor se vê diante de situações que ele não foi preparado para lidar com elas. “As universidades ensinam a teoria, mas quando chegamos em sala de aula nem sempre sabemos lidar com o que acontece e cursos como esse de Formação de Formadores fazem com que nós professores consigamos trocar experiências e isso é muito bom. O que eu tenho percebido é que a participação dos pais na educação dos filhos é muito importante e isso é decisivo para o desempenho dos alunos em sala de aula”, explica a professora.
Carla Pantalena é professora da Escola Municipal Dom Anselmo Pietrulla. Ela acompanha no dia a dia de aula estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem. “Na turma do segundo ano, eu tenho quatro alunos que não conseguiram ser alfabetizados no primeiro ano. Para auxiliá-los, eu faço uma série de atividades diferenciadas com eles. O que eu tenho buscado fazer é acompanhar a mesma turma ao longo dos anos, por exemplo, o segundo ano em que eu dou aula, eu fui professora deles no primeiro ano e eu quero continuar a dar aula para eles no terceiro ano, porque assim eu poderei acompanhar todo o processo de desenvolvimento deles”.