A partir de 2015, o IFSC terá seis novos cursos superiores: superior de tecnologia em Alimentos em dois câmpus, Canoinhas e São Miguel do Oeste; bacharelado em Ciências da Computação em Lages; curso superior de tecnologia em Viticultura e Enologia em Urupema; curso superior de tecnologia em Design de Moda em Araranguá e curso de Engenharia Mecatrônica em Criciúma.

Assim como os demais cursos superiores e técnicos do IFSC, as inscrições estão abertas até 3 de novembro e podem ser feitas no Portal de Ingresso. Conheça os novos cursos oferecidos:

Produção de Alimentos

O Curso Superior de Tecnologia em Alimentos está sendo ofertado em dois câmpus, em Canoinhas, no Planalto Norte, e em São Miguel do Oeste, no Extremo Oeste, duas regiões de forte vocação agrícola e de produção agroindustrial.

Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o segmento de alimentos e bebidas é o segundo que mais emprega trabalhadores no Estado, com 100.815 postos de trabalho. Também é o setor com maior representantividade nas exportações catarinenses, 39,3%. Além disso, Santa Catarina é o maior produtor de suínos, pescados e industrializados de carnes (derivados de frango, suínos e bovinos) do Brasil.

Diante desse cenário, o IFSC oferece os cursos superiores de tecnologia voltados para a formação de profissionais capacitados para desempenhar atividades de fomento da produção agropecuária, utilização das tecnologias de produção, controle de qualidade e preservação de forma racional e econômica, visando reduzir o impacto ambiental.

Em São Miguel do Oeste e Canoinhas o curso será ofertado no período noturno, com 40 vagas. A duração será de seis semestres.

O mercado de trabalho para este profissional é bastante amplo, e vai desde as grandes agroindústrias do Estado, até o empreendedorismo e atividades de fiscalização, pesquisa e desenvolvimento de produtos, empresas de armazenamento e distribuição de alimentos, empresas do ramo alimentício, como restaurantes e cozinhas industriais, laboratórios, inspeção sanitária, consultoria, venda de insumos para a indústria de alimentos, entre outros.

No Câmpus Canoinhas, a chegada do novo curso representa uma opção para os alunos dos cursos técnicos que queiram continuar estudando no IFSC, além de ser mais um curso superior à disposição da comunidade regional. “É uma forma de atendermos à expectativa da nossa própria comunidade, que sempre apoiou o IFSC. Primeiro, na sua implantação. E, agora, na expansão de seus cursos”, ressalta a diretora Maria Bertília Oss Giacomelli.

Assim como Canoinhas, o Câmpus São Miguel do Oeste terá o seu primeiro curso superior. O diretor, Diego Martins, explica que desde a implantação do Câmpus, as audiências públicas com a comunidade apontaram o setor de alimentos como prioridade. A partir da oferta de cursos técnicos e de formação continuada (FIC), o Câmpus estruturou seus laboratórios, hoje com capacidade para receber também um curso superior. “As agroindústrias têm o maior índice de empregabilidade da região. Além disso, o curso tem o enfoque no empreendedorismo e no cooperativismo, para que os alunos estejam aptos a criar suas próprias empresas”, completa.

Incentivo à produção de uva e vinho

O Câmpus Urupema terá seu primeiro curso superior, o de tecnologia em Viticultura e Enologia. O curso tem foco nas etapas de cultivo da uva, elaboração e comercialização do vinho. Além disso, terá alguns diferenciais, como os serviços relacionados ao vinho, como enoturismo, enogastronomia e produção agroecológica. O campo de trabalho para este profissional são vinícolas, tanto na elaboração do produto quanto na gestão e controle de qualidade, além de comercialização, pesquisa, desenvolvimento do turismo e como sommelier.

Nos últimos anos, a Serra catarinense vem se destacando na produção de vinhos finos de altitude, necessitando assim de mão de obra especializada. “O curso superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia está sendo criado para atender uma demanda regional, que é a produção de vinhos de altitude, de forma sustentável”, ressalta o diretor do Câmpus Urupema, Marcos Roberto Dobler Stroschein.

O curso será oferecido em período integral (prioritariamente matutino), com duração de seis semestres, e 40 vagas a cada semestre.

Importância estratégica da Ciência da Computação

O crescente aumento da área de tecnologia de informação e comunicação em diferentes setores e áreas do conhecimento exige a formação de profissionais cada vez mais qualificados. Pensando na demanda das empresas da região Serrana, o Câmpus Lages do IFSC oferece o curso de Bacharelado em Ciência da Computação. O objetivo do curso é preparar profissionais de nível superior capacitados a utilizar as modernas tecnologias da área de informática.

Além de fornecer ao estudante uma forte base científica com o ensino articulado a atividades de pesquisa e extensão, o curso também prepara para o mercado de trabalho regional e nacional. “O câmpus possui uma excelente estrutura para receber os novos alunos. São seis laboratórios equipados com modernos computadores e todos os professores que atuarão no curso superior possuem mestrado ou doutorado”, ressalta o chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão do Câmpus Lages, Thiago Meneghel.

Serão ofertadas 40 vagas. As aulas ocorrerão no período matutino num total de oito semestres.
Inovação para o setor têxtil

O setor têxtil e de vestuário é um dos maiores empregadores de Araranguá e região. Compreende indústrias de confecção de pequeno e microporte, indústrias de tecelagem e pequenos prestadores de serviço e facções. Este é um ramo que exige constante inovação em produtos e processos, sendo característica imprescindível para a competitividade do setor.

Para atender a este mercado, o Câmpus Araranguá oferece o curso superior de tecnologia em Desing de Moda, no período noturno, com duração de sete semestres e oferta de 36 vagas por semestre.

O objetivo do curso é formar profissionais com capacidade elaborar e gerenciar projetos para a indústria de confecção do vestuário, considerando fatores históricos, estéticos, simbólicos, ambientais, ergonômicos, financeiros e produtivos. O profissional estará capacitado em conhecer o setor produtivo da área de moda, com visão sistêmica relacionada ao mercado, materiais, processos produtivos e novas tecnologias, envolvendo questões culturais da sociedade e do contexto regional.

O mercado de trabalho não se restringe ao trabalho em confecções. O egresso pode atuar em pesquisa (de perfil de consumidor, mercado, tendências, materiais, entre outros), desenvolvimento de produtos, criação de marcas, desenho técnico, gestão de negócios, gestão de processos produtivos e controle de qualidade, gestão de eventos de moda, entre outros.

“O curso contribuirá para a profissionalização do setor. As aulas serão realizadas no turno noturno para atender aqueles profissionais que já trabalham no setor têxtil e estão em busca de qualificação. O curso é tecnológico, mas também tem como foco investir em pesquisas nessa área”, explica Graziela Kauling, professora do IFSC do Câmpus Araranguá e coordenadora da comissão que elaborou o projeto do curso.

Engenharia Mecatrônica e o fortalecimento industrial

O Câmpus Criciúma também oferece, pela primeira vez, um curso superior – o de graduação em Engenharia Mecatrônica. As aulas serão em período integral (prioritariamente matutino), com duração de 10 semestres e 40 vagas oferecidas por semestre.

A Engenharia Mecatrônica é um curso de graduação que desenvolve competências nas áreas de mecânica, eletroeletrônica e informática industrial para planejar, implementar, manter e otimizar sistemas e processos industriais. O mercado de trabalho para o profissional envolve indústrias do setor produtivo, dos mais variados tipos, além de  automação da manufatura, informática industrial, empresas de energia elétrica, unidades produtoras de matérias-primas diversas, empresas de serviços automatizados, consultoria, universidades, institutos federais e centros de pesquisa.

Criciúma, especificamente, faz parte de um grupo de cinco polos regionais, responsáveis pela maior concentração de empresas de tecnologia no Estado. Além disso, é destaque nas indústrias do vestuário, cerâmica, alimentar e plásticos, a maioria com espaço para atuação do profissional da Mecatrônica.

“A oferta do curso de Engenharia de Mecatrônica contribui para a consolidação do IFSC na região. Já foram investidos mais de dois milhões de reais em laboratórios e equipamentos para o curso, o que possibilitará um ensino com tecnologia de ponta, gratuito e de qualidade”, afirma o diretor do Câmpus Criciúma, Cedenir Spillere.

Atualmente, o Câmpus oferece o Curso Técnico Integrado em Mecatrônica e cursos de formação continuada (FIC) na área. O novo curso superior é uma oportunidade para os estudantes continuarem sua formação na instituição, e também para quem procura um curso superior gratuito na área tecnológica no Sul do Estado.