Informação e prevenção são aliadas no combate ao câncer de mama
17. outubro 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Florianópolis, Eventos, MatériasEstudantes e professores da área da saúde do IFSC e de outras instituições tiveram, nesta quinta-feira (17), a oportunidade de ouvir dois especialistas em câncer e aprender um pouco mais sobre a doença que deve acometer pelo menos 576 mil brasileiros em 2014. A atividade, que faz parte da programação alusiva ao Outubro Rosa no IFSC, foi realizada no auditório do Tribunal de Contas do Estado e teve a participação também de pessoas da comunidade. A organização foi do projeto de extensão Radiologia na Comunidade, desenvolvido por servidores e alunos do Câmpus Florianópolis.
O processo de formação do câncer foi explicado em linguagem acessível pelo médico radio-oncologista Ernani Lange de S.Thiago, que atua na área há mais de 30 anos. Ele esclareceu que o termo genericamente usado como “câncer” designa uma massa celular heterogênea e “defeituosa” que pode crescer de forma desordenada, sem que os processos naturais do organismo interrompam esse processo. S.Thiago enfatizou também que a expressão “câncer de mama” generaliza os diversos tipos diferentes de tumores que podem atingir a região mamária. “O tipo de câncer de mama depende de vários fatores, e para cada tipo há uma intervenção mais adequada”, explicou. Segundo ele, dependendo do tipo de câncer e do estágio da doença é possível que os tratamentos envolvam desde a mera remoção do tumor até os tratamentos de radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia.
O câncer de mama é o que mais atinge as pacientes do sexo feminino, empatado com o câncer de pele, com 51% das ocorrências. Os seguintes na lista são o de colo do útero, com 19%, de cólon e reto, com 15%, e de pulmão, com 10%. “É preciso passar as informações adiante e principalmente desmistificar a doença”, defendeu o cancerologista Antônio André Magoulas Perdicaris, segundo palestrante da tarde. “O importante é a mulher ter a consciência de que pode desenvolver algum desses problemas e que ela tenha a possibilidade de detectá-la ainda durante a forma assintomática”, salientou. O conhecimento de fatores de risco e a promoção de mudanças de comportamento que minimizem as chances de ocorrência da doença são atitudes essenciais, afirmou o especialista.
“Esse processo de sensibilização e de informação em relação ao câncer é muito importante. É muito bom que a nossa instituição possa contribuir com essa discussão, sobretudo por meio do curso de Radiologia, que é muito atuante nessa área”, disse a reitora do IFSC, Maria Clara Kaschny Schneider. “Que a partir de momentos como o de hoje nós todos possamos disseminar as informações e sejamos também agentes de transformação e de prevenção”, acrescentou.