Palestra no Câmpus Florianópolis-Continente aborda os desafios do turismo de base comunitária
22. outubro 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Florianópolis-Continente, MatériasNo primeiro dia da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e da Semana de Eventos Integrados (SEI) do Câmpus Florianópolis-Continente, a palestra “Desafios do turismo de base comunitária no Brasil” trouxe a experiência do turismo em comunidades locais, que é proposto e gerenciado pelas próprias populações e que busca gerar algum tipo de impacto na comunidade. A palestra foi trazida por Thaíse Guzzati, professora da Universidade Federal de Santa Catarina e co-fundadora da Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia.
A Acolhida na Colônia é uma ONG de promoção do agroturismo que tem como principal objetivo causar impactos favoráveis, como a geração de renda através de hospedagens e venda de produtos e passeios turísticos para beneficiar comunidades locais que estão sujeitas ao êxodo rural e à crise econômica. “Estas comunidades estão na iminência de uma crise e precisam, de alguma forma, gerar alternativas de renda para a sua população. É aí que o turismo vem se colocando como uma boa oportunidade”, conclui Thaíse.
Além da geração de renda para as famílias de comunidades rurais e ribeirinhas, a Acolhida na Colônia pretende acabar com o mito de que a vida na cidade grande é a melhor opção e diminuir o êxodo rural. “Esse tipo de atividade de turismo tem um potencial de dar autoestima, de mobilizar as pessoas, mostrar que a comunidade tem valor”.
A palestrante afirma que, apesar dos benefícios que o turismo comunitário traz às famílias, existem desafios para a implantação do projeto, como a infraestrutura, que pode levar anos até se adequar para atender a demanda de visitantes. Além disso, a disputa de projetos da agricultura transgênica compete com a produção orgânica e dificulta a implantação de ideias de geração de renda comunitária e a preservação da natureza.
Thaíse acrescenta que optar pelo turismo de base comunitária “é uma oportunidade de tornar-se parte da vida local e conectar-se ao local e ao seu povo. Não é simplesmente passar e bater foto, mas fazer um turismo de experiência”.
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