Física, matemática e programação. Matérias consideradas bicho-papão para muita gente, são justamente as preferidas dos alunos Gabriel Pensky, Marco Aurélio Vomstein, Fernando Luiz Alves Lapa, José Ferreira da Silva Júnior e Nathan Damann, do curso técnico integrado de Eletroeletrônica do Câmpus Joinville. Eles são medalhistas da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) 2014, na Modalidade Teórica Nível 5, destinada a alunos do ensino médio e técnico.

Gabriel e Marco Aurélio, do 4º módulo, conquistaram medalhas de bronze na categoria nacional e Fernando (8º), José (4º) e Nathan (2º) ficaram com o bronze na etapa estadual. A entrega das medalhas foi realizada nesta quinta-feira (20) pelo diretor do Câmpus, Maurício Taques, e pelo professor de física, Fernando Guesser, que elogiaram o desempenho e a dedicação dos alunos.

Além da medalha, Marco Aurélio conquistou um prêmio a mais. Por seu desempenho na prova teórica, ele foi selecionado pela organização da OBR para representar o estado de Santa Catarina no Minicurso de Robótica, realizado no final de outubro, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos – SP.

“Participar desse minicurso foi uma das melhores experiências da minha vida. Em meio às aulas, pude conversar com estudantes de vários lugares do país e mantenho contato com alguns até hoje. Além de ensinar o básico sobre robótica, o minicurso visava também o trabalho em grupo, promovendo a socialização entre os estudantes”, relata.

Segundo Marco Aurélio, muitos outros eventos relacionados à robótica aconteciam simultaneamente na universidade. “A cidade estava tomada por estudantes de todas as regiões do Brasil que, com seus robôs, competiam com outras universidades do país. Muitas escolas mostravam o seu trabalho através de seus alunos: crianças que começaram desde cedo a aprender sobre programação e robótica em geral e apresentavam suas capacidades nos trabalhos e também em competições”, conta.

No último dia, foi realizada uma cerimônia de premiação, onde cada participante ganhou uma medalha como finalista da modalidade teórica da OBR. “As lembranças desses dias ficarão registradas nas fotos e vídeos, mas, principalmente, na memória de cada participante, de cada representante de seu estado. Espero reviver mais experiências como esta.”

A primeira medalha

Dos cinco alunos, três já são conhecidos colecionadores de medalhas: Fernando, Gabriel e Marco Aurélio têm várias medalhas em olimpíadas de diferentes áreas do conhecimento. Mas, para José e Nathan, a primeira medalha no IFSC tem um sabor especial.

“Ganhar é sempre legal e a primeira medalha tem um valor muito grande, porque representa que estou aprendendo, que estou melhorando”, conta José, que já participou de outras olimpíadas, mas sem êxito. Ele acredita que o IFSC tem um diferencial muito grande em relação a outras escolas por incentivar a participação em olimpíadas e o estudo fora de sala de aula. Ele gosta de assistir a videoaulas de física na internet.

Nathan ingressou este ano no IFSC, mas tem um histórico de sucesso em olimpíadas no ensino fundamental: ouro e prata na Olimpíada Brasileira de Astronomia e medalha de bronze na Catavento de Ciências. Ele espera que a bronze na OBR seja o pontapé inicial de sua coleção de medalhas no IFSC, onde tem ainda mais três anos de curso. “Quero melhorar bastante”, afirma o aluno que faz questão de revisar as provas passadas antes de cada concurso.

Foi ele quem sugeriu ao professor Fernando a adesão à OBR, que teve sua primeira aplicação no Câmpus neste ano. “A proposta da OBR é bem legal e incentiva até quem não tem conhecimento de robótica a participar”, explica, lembrando que os assuntos exigidos na modalidade teórica têm tudo a ver com o curso de Eletroeletrônica, especialmente física.