Câmpus Criciúma promove atividade conjunta com o Grêmio Estudantil na Semana da Consciência Negra
27. novembro 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Criciúma, Eventos, MatériasPara celebrar a Semana da Consciência Negra, o Câmpus Criciúma e o Grêmio Estudantil promoveram, durante toda a semana de 17 a 21 de novembro, uma série de atividades como debates sobre racismo e sobre as cotas. Na noite da sexta-feira (21) houve ainda uma atividade especial no auditório do Câmpus. O professor e pai do aluno Enzo Luciano, Flávio Luciano, trouxe para o IFSC uma série de peças confeccionadas em oficinas realizadas em escolas públicas da região, como as bonecas abayomis, que eram produzidas com restos de tecidos pelas escravas, e as máscaras africanas.
Flávio Luciano é professor da rede pública de ensino e é também o coordenador do projeto “Minha África, nossa África” em que trabalha questões referentes à cultura afro-brasileira. “Quando eu conheço melhor uma cultura, eu passo a gostar mais dela e a ter menos preconceito e essa é a minha proposta com o projeto. No Brasil, costumava-se celebrar o dia da consciência negra em 13 de maio, quando a princesa Isabel decretou o fim da escravidão, mas decidiu-se fazer a alteração para o dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi. Porque antes se celebrava a história dos vencedores e agora se celebra a luta de Zumbi dos Palmares”, explica Flávio Luciano.
Durante a atividade, ele ministrou uma palestra sobre a história da capoeira. “A capoeira não é só uma manifestação brasileira ou africana, ela é afro-brasileira. A prática da capoeira foi bastante perseguida no início do século XX e é com Getúlio Vargas que ela começa a ganhar notoriedade”.
Após a palestra, Flávio Luciano convidou a rainha e a princesa do 19º Encontro da Consciência Negra Chico Rosa para falarem sobre a festa que é promovida em Içara. “Essa é uma festa que o meu bisavô ajudou a criar em que nós celebramos a consciência negra. O Encontro costuma ser realizada no dia 16 de maio e reúne uma série de pastorais afro da Igreja. Durante a festa, há uma série de apresentações culturais e comidas típicas”, explica Tainá Hilário da Rosa, rainha da festa.
Durante a noite, houve ainda apresentação do grupo Raiz Divina, que apresentou alguns sucessos do reggae, e uma palestra sobre direitos humanos.