Projeto de extensão do Câmpus Araranguá leva alunos do IFSC e de escolas públicas da região a conhecer lugares de memória
9. dezembro 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, MatériasQuem passa pelo relógio do sol no Centro de Araranguá pode não ter a noção da dimensão histórica do monumento. Ele foi construído em 1994, como um memorial para marcar o ano em que ocorreu o último eclipse solar que foi possível ser visto no Brasil. A obra foi idealizada por Felix Carbajal, filósofo uruguaio que ajudou a construir vários relógios do sol na América do Sul.
Para apresentar o relógio do sol e outros monumentos históricos de Araranguá a alunos que nem eram nascidos nessa época, o servidor do Câmpus Araranguá Alexandre Rocha inscreveu o projeto Memória Viva – Educação Patrimonial como reconhecimento do espaço histórico-social de Araranguá no edital Aproex 03/2014 do IFSC. O trabalho foi contemplado e até o mês de agosto de 2015, ele levará alunos do IFSC e de escolas públicas da região para conhecer lugares de memória da cidade. “Nós selecionamos alguns lugares de referência para a a memória de Araranguá de diversos tempos. Desde obras recentes como monumentos e praças, até o patrimônio histórico ambiental e o patrimônio arqueológico”, explica Alexandre Rocha, coordenador do projeto de extensão.
Além de apresentar dados referentes aos monumentos e a formação da cidade, Alexandre Rocha faz dos passeios um momento de intervenção artística. Na visita ao relógio do sol, ele convidou o artista Luiz Gonzaga Farias, conhecido como Zaga do Caverá, para recitar alguns poemas sobre Araranguá e contou um pouco da passagem do poeta Felix Carbajal pela cidade. “Para falar sobre os sítios arqueológicos da bacia do rio Araranguá, nós iremos propor aos alunos que eles participem de uma oficina sobre cerâmica para que eles entendam como eram feitos os utensílios confeccionados pelos índios que aqui viviam”, explica o coordenador.
A Casa da Fraternidade, projeto social que atende crianças no contraturno escolar em Araranguá, é uma das entidades que participa do projeto de extensão. “ Essa é a primeira vez que eu paro aqui próximo ao relógio do sol para observá-lo. Eu não conhecia a história do monumento nem a do artista que o idealizou e até me emocionei com a história”, afirma a professora da Casa da Fraternidade Luciane Teixeira.
Para os próprios alunos do IFSC, a história do relógio dos sol também é uma novidade. “Agora eu tenho um outro olhar sobre o relógio do sol, antes eu só passava por aqui”, afirma Eduardo Biz da Silva, aluno do curso técnico integrado em Eletromecânica.
No projeto de extensão estão previstas ainda visitas a museus como o da Unisul, o do Santinho e o de Maracajá, uma aula sobre os painéis da biblioteca do Colégio Murialdo, visitas às falésias e uma expósição fotográfica. O projeto conta com o apoio dos professores do Câmpus Araranguá César Marques e Maurício Dalpiaz Melo e dos técnicos Mozart Maragno e Idézio de Oliveira.