Espetáculo Boneca de Pano inaugura a Sala de Artes do Câmpus Araranguá
10. dezembro 2014 | Escrito por Jornalismo IFSC | Categoria: Câmpus Araranguá, MatériasO Câmpus Araranguá passa a contar com um novo espaço para apresentações culturais e exposições, a Sala de Artes, localizada no bloco E (201). O espaço foi inaugurado na noite desta terça-feira (9). “Hoje eu trabalho alguns conceitos teóricos do teatro com os alunos, mas com esse novo espaço será possível trabalhar isso na prática. A proposta é realizar oficinas de teatro e quem sabe pensar na formação de um grupo. O espaço é pequeno, mas é ideal para espetáculos mais intimistas”, afirma o professor de Artes do Câmpus Emerson Cardoso.
Para a noite de abertura da Sala de Artes, o professor convidou o grupo (Em) Companhia de Mulheres de Florianópolis para apresentar o espetáculo Boneca de Pano. A peça aborda questões como violência contra a mulher e o aborto e faz parte da campanha 16 dias de ativismo contra a violência, que é realizada em mais de 164 países durantes os meses de novembro e dezembro.
Na peça, as atrizes intercalam relatos de mulheres vítimas de violência sexual com dados referentes aos números de estupros e abortos no Brasil. Santa Catarina, por exemplo, é o terceiro Estado que registra o maior número de casos de estupros no país e, segundo levantamento do Ministério da Saúde, são registrados cerca de um milhão de abortos por ano no Brasil.
Após a apresentação, os espectadores são convidados a participar de um debate sobre violência contra a mulher. “ É difícil tocar nessas questões e nem sempre é possível falar delas em sala de aula. O que a gente percebe é que a partir da peça, os alunos se sentem mais abertos para debater esses temas e isso tem feito com que a discussão seja mais profunda”, explica Drica Santos, uma das atrizes da peça.
A peça já foi apresentada em dez escolas públicas de Santa Catarina e a proposta do grupo é ampliar o trabalho nas cidades que registram o maior número de casos de violência contra a mulher. “Nós acreditamos que o teatro tem um papel transformador e a nossa proposta é também trabalhar com arte-educação. Por isso, nós escolhemos como público-alvo os jovens e queremos continuar a trabalhar com eles”, afirma Meire Silva, atriz da peça.