Uma malharia de pequeno e médio porte que produz peças de tricô costuma ter muitos desperdícios tanto de tempo quanto de material. Como muitas delas não têm recursos para comprar um tear para fazer a modelagem através de um software, elas têm que desenhar a modelagem em um papel, passar os desenhos para o computador e depois fazer vários testes até que a peça esteja de acordo com o tamanho desejado. Uma tarefa bastante onerosa.

Para aumentar a competitividade dessas empresas, a professora Angela Kuasne da Silva, do curso técnico em Têxtil do Câmpus Araranguá, resolveu pensar em uma metodologia que possa auxiliá-las em todo esse processo. Ela inscreveu o projeto “Desenvolvimento de produto de malharia retilínea em indústrias de médio porte: um estudo para otimização do processo” na chamada de apoio a projetos cooperativos de pesquisa aplicada e de extensão tecnológica e o projeto foi aprovado pelo CNPq.

Nos próximos 16 meses, a professora Angela e a bolsista Ana Paula Reus, do curso técnico integrado em Vestuário, irão se dedicar a pesquisar novas metodologias. Elas irão fazer um estudo de caso na empresa Clareslan de Jacinto Machado. “Nossa meta é criar uma metodologia que possa reduzir em 30% o tempo gasto para a produção das peças, em 35% os custos de produção, em 30% o volume de desperdício e aumentar em torno de 20% a eficiência no processo”, explica a professora.